A CPMI do 8 de Janeiro recebeu, na noite desta quarta-feira, 30, novas imagens das câmeras de segurança do Ministério da Justiça. Conforme apurou Oeste, se trata de três gravações que mostram o Salão Negro, a portaria e a entrada privativa do Palácio da Justiça.
A nova entrega acontece um dia depois de o portal R7 noticiar que as gravações internas e externas do local foram apagadas. Há mais de um mês, o colegiado aprovou que as gravações das câmeras de segurança do prédio do ministério fossem enviadas à CPMI.
Contudo, a Polícia Federal (PF) enviou apenas as imagens externas do Ministério da Justiça, que estavam em duas câmeras. Interlocutores disseram à coluna que as novas gravações não teriam “nada de importante”, pois e os vídeos entregues hoje não são os mesmos que foram deletados.
Conforme o MJ — que comanda a PF — o sistema de gravação das câmeras só preserva as imagens por 15 dias. Depois disso, elas são apagadas para dar espaço a outras gravações.
Conforme apurou a coluna, o motivo de apenas essas gravações terem sido preservadas é que, depois dos ataques do 8 de janeiro, a PF recolheu as imagens que considerou importante para a investigação da cúpula — apenas duas câmeras de segurança.
Isso aconteceu dentro do prazo dos 15 dias. Desse modo, as demais gravações ficaram no MJ até o tempo de serem apagadas.
Apesar de a pasta não ter comunicado oficialmente o colegiado, o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), confirmou a informação durante um telefonema com o ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre o fato.
Mais cedo, Dino disse que o secretário executivo do ministério, Ricardo Cappelli, estava buscando “todas as fontes possíveis” para angariar mais gravações e enviar ao colegiado.
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Espero que os membros da CPMI não engulam essa mentira do Flavio Dino de que o sistema de monitoramento de imagens tem capacidade para armazenar as imagens de 15 dias. Qualquer sistema meque-trefe consegue armazenar muito mais dias de imagens. Um servidor exclusivo já resolveria a questão sem contar que existe o sistema de armazenagem em nuvem. Considerando que essa área, a do ministério da justiça e Seg. Pública é área de SEGURANÇA NACIONAL, é inadmissível que não se guardem imagens críticas. Esse ministro se considera acima de qualquer outro cidadão. Srs parlamentares, espero que tomem as devidas providências em relação ao ministro e seus auxiliares. Convoquem a empresa prestadora do serviço de monitoramento para prestar esclarecimentos a CPMI.