Aliada do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) tenta fazer uma ponte entre Dino — indicado pelo presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) –, e as bancadas feminina e evangélica.
Líder do Bloco Resistência Democrática, segundo maior do Senado, a parlamentar é vista como uma interlocutora, principalmente, entre Dino e os evangélicos, que não estão dispostos a receber o ministro antes da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em 13 de dezembro.
A ideia da senadora não é especificamente convencer os senadores evangélicos a votarem a favor de Dino, mas criar, de alguma forma, um diálogo. Como mostrou Oeste, a frente evangélica não deseja conversar com o ministro.
No Senado, Carlos Viana (Podemos-MG) é o líder da bancada evangélica. À coluna, a equipe do parlamentar informou que não há previsão de agenda entre o senador e Dino.
Em relação à bancada feminina, Eliziane já havia marcado um jantar com as senadoras, há cerca de duas semanas em sua casa, portanto, antes do nome de Dino ser anunciado. O encontro é uma “confraternização” entre a bancada, mas o nome do ministro pode surgir no assunto.
Mais cedo, o ministro esteve no Senado. Ele se encontrou com Eliziane, com o presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); e com a senadora Ivete da Silveira (MDB-SC).
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