Na terça-feira 3, foi empossada a nova ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves, escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Aparecida criticou a gestão anterior do ministério, que era responsável pelas mulheres e pelos direitos humanos. Em entrevista a Oeste, a ex-ministra da pasta Cristiane Britto repudiou as falas de Aparecida, que já foi secretária do ministério na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Aparecida afirmou que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro fez um desmonte de políticas públicas para as mulheres e que praticamente extinguiu os orçamentos na pasta. “São afirmações falsas”, observou Cristiane. “Temos provas do que foi feito nesses quatro anos. Quando chegamos, pegamos a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres esvaziada e destruída.”
Segundo a ex-ministra, a gestão de Dilma e do ex-presidente Michel Temer (MDB), não tinha sequer um programa de qualificação para a mulher. No governo petista, segundo Cristiane, havia somente o programa Mulher, Viver Sem Violência.
“Mesmo assim, fomos nós que criamos o Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio”, afirmou Cristiane. “Também não existia nenhum programa que incentivasse as mulheres a participarem da política, e nós criamos o Mais Mulheres no Poder. O projeto inicial da Casa da Mulher Brasileira, de Dilma, era inviável para avançar no país e nós o reformulamos.”
Ainda na posse, Aparecida prometeu retomar as construções das Casas da Mulher Brasileira, que, segundo ela, não aconteceram no governo Bolsonaro. Cristiane, no entanto, relembra que, em 2015, a própria Aparecida disse que em dois anos o governo iria inaugurar 12 Casas da Mulher Brasileira. A promessa, contudo, não foi cumprida.
“Quando chegamos à pasta, em 2019, o projeto só tinha cinco casas construídas, além de uma outra que estava interditada”, explicou Cristiane. “O governo Dilma fez um contrato com uma única empresa para construir todas as casas, mas o local faliu. Foi o governo Bolsonaro que resolveu esse problema.”
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De acordo com a ex-ministra, nos moldes do governo Dilma, uma casa precisava de R$ 13 milhões para ser construída, mas, depois da gestão Bolsonaro, qualquer local pode ser feito a partir de R$ 1 milhão. O governo Bolsonaro deixou 23 casas em fase de licitação, segundo Cristiane.
“Todas serão implantadas no primeiro semestre deste ano”, disse ela. “Não fomos nós que paralisamos a obra, foram eles. Nós tornamos o projeto viável e mais barato. Investimos nas casas R$ 103 milhões e já atendemos mais de 1,1 milhão de mulheres nos últimos quatro anos. Além disso, deixamos nove casas em obras e uma em implantação em um imóvel já construído.”
Cristiane ainda destacou que, durante os quatro anos de governo Bolsonaro, foi criado o programa Qualifica Mulher, que incentivou a qualificação profissional das mulheres, e o Mais Mulheres na Política, que estimulou a participação feminina na política.
Disque 180
Ainda ontem, em entrevista à CNN Brasil, Aparecida disse que a Ouvidoria 180, que presta atendimento às mulheres que possuam os direitos violados, foi desmontada no governo Bolsonaro. Cristiane negou a acusação.
“Ao contrário, nós ampliamos o 180, colocando no Telegram e no WhatsApp”, explicou a ex-ministra. “Até mesmo em Libras, o 180 funciona. Nós também treinamos os atendentes para que eles tivessem o mínimo de discernimento, a fim de prestar socorro. Em 2019, uma mulher demorava até 50 minutos para ser atendida no 180. Agora, em menos de um minuto, a ligação é atendida. Isso faz toda a diferença entre a vida e a morte.”
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Cristiane ainda relatou que a pasta trabalhou em parceria com a Bancada Feminina do Congresso Nacional. “A bancada nos ajudou a implementar os nossos projetos”, disse a ex-ministra. “O nosso ministério, inclusive, era o que mais recebia emendas de parlamentares de partidos de esquerda.”
Aparecida também culpou a gestão anterior pela morte de milhares de brasileiras, se referindo a uma possível falta de políticas públicas para a proteção da mulher. Contudo, só em 2022, a Operação Maria da Penha, com o Ministério de Segurança Pública, prendeu mais de 12 mil agressores de mulheres e registrou mais de 40 mil medidas protetivas.
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O pessoal ainda não entedeu que as Forças Armadas, o STF e grande parte do judciário, imprensa , todos estão no golpe de Estado pra trazer de volta à cena do crime um ex-condenado e seu bando. Enquanto não entedermos isso, que a negação de entregar os
São tão incompetentes que dá dó. Vão rodar, rodar, e em breve terão que fazer o que o governo Bolsonaro vinha fazendo, se não irão para casa da mãe janja ou com a vaca para o brejo. Em breve veremos metade dessa corja de ministros, indo cantar em outra freguesia com suas corrupções e incompetências.
Essa turma esquerdopatas não tem competência para gerir o negócio, sobra então falar mal dos outros. Ê gentinha descarada.
Revista Oeste: você me representa! Seja, por favor, o nosso símbolo da resistência