O Foro de São Paulo inaugurou seu 26° encontro, nesta quinta-feira, 29, em meio a um protesto em Brasília. Cerca de 15 pessoas gritavam “Fora ditadores, comunistas e assassinos dos infernos” em frente ao Hotel San Marco, onde o grupo de extrema esquerda está reunido desde às 10 horas da manhã.
O tema da primeira mesa redonda do Foro tratou sobre “Os atuais desafios da integração regional latino-americana e caribenha”. Entre os muitos palestrantes, estão: Juan Carlos Frometa, responsável pelo Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba; e a senadora mexicana Citlalli Hernández Mora, do partido de esquerda Morena.
Uma das primeiras considerações da mesa do Foro foi atribuir a culpa da pobreza e da miséria venezuelana ao “imperialismo”. “Eles desejam tomar o petróleo venezuelano”, disse Sacha Llorenti, ex-embaixador da Bolívia na ONU. “Esse é o propósito. O petróleo da Venezuela é muito impostante.”
Já a senadora destacou que o Foro pretende construir um “novo poder do povo”. “A primeira onda progressista na America Latina foi uma resistência”, relatou. “Devemos enfrentar os ataques da direita.”
Em seguida, o representante do partido comunista de Cuba disse aos membros do Foro que eles devem trabalhar naquilo que os une e não no que os separa.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, terá uma participação na programação do Foro. Ele vai fazer uma exposição sobre a “integração regional e saúde”.
O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) é o único parlamentar com agenda no local hoje. Ex-ministro do Meio Ambiente, Tatto vai fazer uma palestra sobre a “Integração e soberania ambiental”.
O tema do Foro de São Paulo neste ano é a “Integração Regional para Avançar a Soberania Latino-Americana e Caribenha”. O último encontro presencial da “companheirada” aconteceu em 2019 — com a presença do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. Lula deve comparecer ao ajuntamento de extrema esquerda nesta noite, conforme previsto em sua agenda.
Oposição cria alternativa ao Foro de São Paulo
Com o intuito de fazer um contraponto ao Foro de São Paulo, parlamentares e lideranças da direita devem realizar hoje a primeira edição do Foro do Brasil. O ex-candidato à presidência da República Padre Kelmon é um dos principais idealizadores do movimento.
O senador Magno Malta (PL-ES) e as deputadas federais Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF) estão entre os participantes confirmados. Além disso, o evento contará com a presença de representantes de entidades da sociedade civil e personalidades internacionais.
A associação, que possui um estatuto social de 32 páginas, representa os valores da cultura judaico-cristã, o estado mínimo, os direitos individuais, a livre expressão de propriedade, o direito ao porte de armas para defesa pessoal e da propriedade, o livre mercado e a economia liberal.
Programação do Foro de São Paulo
Sexta-feira 30
- Encontro de Mulheres;
- Diálogo entre o Foro de São Paulo e as redes/plataformas de luta de movimento social e popular;
- Encontro de Jovens;
- Encontro sobre a situação brasileira e as políticas de governo;
Sábado 1°
- Reunião de Escolas e Fundações;
- Seminário: Comunicação e redes sociais;
- Seminário FSP-Partido da Esquerda Europeia: “Visões compartilhadas”;
- Painel FSP e Socialistas Democráticos da América: panorama político estadunidense e campanhas de solidariedade nos EUA;
- Ato: bicentenário da doutrina Monroe e a luta pela Paz na América Latina e Caribe;
- Festa de Confraternização do PT;
Domingo 2
- Plenária final.
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É tanto devaneio que só rindo dessa corja. A miséria na Venezuela é obra do DITADOR SANGUINÁRIO NICOLAS MADURO e não do “imperialismo” .
Pode existir ato mais antidemocrático do que reunir ditadores que perseguem e matam seu opositores em um convescote em plena capital federal?
Ah! Não, antidemocrático é reunir embaixadores e mostrar que o sistema repudia qualquer proposta de aprimoramento dessa perfeição que é a urna eletrônica brasileira.