O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determinou a realização de voo de repatriação de brasileiros no Líbano. A informação foi confirmada oficialmente na noite desta segunda-feira, 30.
A operação de repatriação da comunidade brasileira no Líbano, que chega a cerca de 21 mil pessoas, será coordenada pelos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa. Ainda não tem data para ocorrer o voo.
A data do primeiro voo deve ser divulgada nesta semana, depois de análise de segurança. O planejamento inicial da Força Aérea Brasileira (FAB) estabelece a decolagem do Aeroporto de Beirute, que ainda se encontra aberto.
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A Embaixada do Líbano também atua para proporcionar a operação de repatriação, e mantém contato com a comunidade brasileira na região.
No sábado, 28, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu com o chanceler do Líbano, Abdallah Bou Habib, em Nova York. O encontro de 40 minutos teve como tema principal a repatriação de brasileiros no país oriental.
A comunidade brasileira no Líbano é a maior da região, ficando à frente de Israel (14 mil), Emirados Árabes Unidos (9,6 mil) e Jordânia (3 mil).
Brasileiros morrem em ataques no Líbano
A pressão contra o governo Lula cresceu nos últimos dias em meio a mortes de brasileiros, em virtude dos recentes ataques de Israel contra os intagrantes dos grupos terroristas Hezbollah e o Hamas no Líbano.
No início da semana passada, o brasileiro Ali Kamala Abdallah, de 15 anos, morreu junto do pai, em Kelya.
Mirna Raef Nasser e o pai também morreram em um bombardeio israelense. A adolescente, de 16 anos, é natural de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, mas morava no Líbano desde quando tinha 1 ano.
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