O líder do PL na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), disse nesta quarta-feira, 5, que o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), à Proposta de Emenda a Constituição (PEC) da reforma tributária “sensibilizou” parte da bancada.
“Ainda vamos começar a discussão sobre o apoio ou a recusa ao texto”, disse Côrtes. “Até amanhã, vamos resolver. Estamos discutindo e esperando algumas modificações no texto. O apoio dos governadores Tarcísio e Claudio Castro sensibilizou parte da bancada, mas precisamos esperar o texto ser finalizado amanhã.”
A composição do conselho federativo, previsto na reforma tributária, é um ponto delicado para os governadores do Sul, do Sudeste e para a oposição. A ideia é que o conselho seja composto de integrantes em número proporcional para todos os Estados. Desse modo, nenhum deles seria a maioria no colegiado.
Na manhã da terça-feira 4, a bancada do PL e da oposição se reuniram para discutir a PEC. Contudo, não deliberaram sobre o tema. A expectativa é que, na quinta-feira 6, os deputados já tenham um consenso.
Amanhã, os 99 deputados federais, os estaduais, os senadores e os governadores do partido se reúnem na sede do PL com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois do encontro, a bancada deve orientar como os membros do partido devem votar. Tarcísio pretende marcar presença na reunião.
Ontem, Tarcísio se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com outros sete governadores do Sul e do Sudeste. Tarcísio disse a jornalistas que apoia 90% do texto da reforma tributária.
A declaração, contudo, difere da orientação de Bolsonaro, que chamou a PEC de “reforma tributária do PT” e disse que o texto é ruim para os mais pobres.
Segundo Lira, a discussão sobre a matéria será iniciada hoje, e a votação começa amanhã. O texto final da reforma ainda está sendo trabalhado pelo relator, deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB), e deverá ser divulgado entre esta noite e amanhã cedo.
Indo ao encontro do desejo do presidente da Câmara, a PEC da reforma tributária deve ser aprovada até a sexta-feira 7. Lira deve se consagrar com a apreciação, visto que a votação aparenta ser uma questão pessoal dele. Para aprovar a medida, será necessário votar a PEC em dois turnos e conseguir, ao menos, 308 votos.
Leia também: “‘O novo texto da reforma tributária é ruim para o Brasil’”, entrevista com o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) para a Edição 168 da Revista Oeste
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Tarcísio está envergonhando o Brasil, esse acabou de perder uma família de eleitores. Não voto mais em Governador, presidente, deputado, senador e vereador. Se é para o país ser administrado por tranqueira, meu voto não terá mais!!! Adeus Brasil.