A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs convocou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta terça-feira, 21, conforme antecipou Oeste. Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, agora, será convidada, depois de se comprometer a ir à CPI.
Portanto, Marina será obrigada a participar da CPI. A data: segunda-feira 27. Representante do governo na CPI, o senador Beto Faro (PT-PA) havia sugerido sexta-feira. Os senadores esperam ouvir Sonia no dia seguinte à oitiva de Marina.
Marina deveria ter prestado depoimento hoje, mas alegou “compromissos” previamente agendados, entre eles, uma audiência na Câmara dos Deputados, às 14 horas, na qual deve dar explicações sobre suposta perseguição do governo Lula a produtores rurais. A ministra, contudo, sabia da oitiva na CPI desde a semana passada, quando o colegiado aprovou um convite (o que torna a ida opcional), definindo a participação às 11 horas.
O governo tem atuado no Parlamento para blindar a ministra. No fim de outubro, lideranças do PT conseguiram reverter a convocação de Marina na Câmara, tornando-a um requerimento de informações. Dessa forma, a ministra não precisou ir à Casa.
CPI investiga ONG ligada a Marina Silva
Obtidos pela reportagem, documentos da CPI mostram que Marina é conselheira honorária da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). No ano passado, o Ipam captou R$ 35 milhões do Fundo Amazônia e gastou 80% do valor com viagens, consultorias e folha de pagamento de funcionários. Paralelamente, a ministra é membro do Comitê Orientador do Fundo, que destina recursos a ONGs.
Sonia Guajajara pede pressão internacional contra o Parlamento
Diante de centenas de autoridades, diplomatas e especialistas internacionais, Sonia pediu “pressão global”, sobre o Congresso Nacional, há pouco mais de uma semana, a fim de o Parlamento não derrubar os vetos do presidente Lula ao marco temporal. Por isso, a CPI decidiu chamá-la.
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