A delação do tenente-coronel Mauro Cid contém erros de grafia relacionados ao nome de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O texto foi divulgado, nesta quarta-feira, 19, acompanhado de outros três volumes de decisões e inquéritos judiciais. No documento, o nome aparece ao menos nove vezes como “Felipe” Martins.
Essa falha consta também no registro da Alfândega dos Estados Unidos usado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para manter Martins preso por seis meses em virtude de suposta participação no que seria uma tentativa de golpe de Estado.
Depois de denúncias da defesa de Martins, o nome do ex-assessor da Presidência no documento em que consta seu depoimento foi corrigido.
De acordo com os advogados, não seria possível o ex-assessor ter viajado a Orlando em 30 de dezembro de 2022 com o passaporte diplomático, pois ele o perdeu em 26 de fevereiro do ano anterior, segundo Boletim de Ocorrência feito na Polícia Civil.
Além disso, a defesa anexou uma série de provas, entre elas, bilhetes aéreos e comprovantes da Uber, que mostram a presença de Martins no Brasil na data alegada por Moraes.
Leia também: “Em defesa do crime”, artigo publicado na Edição 256 da Revista Oeste
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