Marcio Macedo, novo secretário-geral da Presidência do governo Lula, recebeu R$ 95 mil em “doações” de uma das empreiteiras da Operação Lava Jato durante as eleições de 2014. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o dinheiro veio da construtora Andrade Gutierrez S.A. para a campanha de Macedo a deputado federal. Na época, ele não ganhou a eleição. A “doação” foi por intermédio da Direção Nacional do PT. Um ano depois, Macedo foi anunciado como tesoureiro da sigla, depois da prisão e do afastamento de João Vaccari Neto, que era investigado na Lava Jato.
Doações desse tipo, feitas a partidos como o PT, foram alvo de investigações na operação, que apurava irregularidades em contratos com a Petrobras, o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal. Conforme a investigação, empreiteiras se reuniam em uma espécie de cartel que superfaturava contratos. Desse modo, parte do dinheiro era destinada a partidos e políticos.
Macedo deve ser o novo Gilberto Carvalho na terceira gestão de Lula. Carvalho é ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Ele, que era os olhos e ouvidos de Lula em sua antiga gestão, se tornou réu, em 2017, com o petista por corrupção passiva na Operação Zelotes. Ambos eram acusados de beneficiar montadoras de veículos por meio da edição de medidas provisórias. Segundo a investigação, as empresas teriam prometido R$ 6 milhões aos dois em troca de benefícios para o setor. Em 2021, a Justiça Federal absolveu Lula e Carvalho por “falta de provas”.
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