O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se manifestou a respeito da “reciclagem” de um boletim de ocorrência. Diante da divulgação por parte da imprensa de caso que ocorreu em 1996, o emedebista afirma ser vítima de fake news.
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A reclamação do prefeito paulistano, que tentará a reeleição na disputa eleitoral deste ano, ocorre no dia em que o jornal Folha de S.Paulo e o site Metrópoles divulgaram um boletim de ocorrência de 1996. Na ocasião, Nunes, que tinha 28 anos, estava na companhia de um amigo, que, na saída de uma balada, deu um tiro para o alto.
Nunes e o amigo chegaram a ser encaminhados para a delegacia. O hoje prefeito foi liberado na sequência. O caso foi arquivado pela Justiça.
“Esta é mais uma fake news. A arma sequer era minha e o assunto foi encerrado pela própria Justiça”
Ricardo Nunes
“Pior do que uma mentira é uma meia verdade associada a ilações maliciosas”, disse Nunes. “Pegam um fato que aconteceu há quase 30 anos e tentam dar a ele uma versão absurda. Este caso foi arquivado há décadas. Esta é mais uma fake news. A arma sequer era minha e o assunto foi encerrado pela própria Justiça.”
Paraná Pesquisas indica empate técnico entre Nunes e Boulos
A “reciclagem” do boletim de ocorrência de 1996 ocorre na esteira da disputa eleitoral deste ano. Levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas em 20 de fevereiro indica empate técnico entre Ricardo Nunes e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) na briga pela prefeitura da capital paulista.
Eleito vice-prefeito em 2020, Nunes assumiu a Prefeitura de São Paulo em maio de 2021, com a morte do então titular Bruno Covas (PSDB). Para a reeleição, ele deve contar com um indicado do PL para o cargo de vice. O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o seu nome para o posto é o do coronel Mello Araújo, ex-presidente do Ceagesp.
Um dos líderes do autointitulado Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Boulos está em seu primeiro mandato como deputado federal. Candidato a prefeito de São Paulo em 2020, ele perdeu a disputa para Covas no segundo turno. Dois anos antes, o psolista havia se candidatado a presidente da República.
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