O clima no ministério de Silvio Almeida

Depois da denúncia de assédio sexual feita na quinta-feira 6 contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, o clima na pasta comandada pelo professor universitário é de “velório”.

Servidores ouvidos pela Revista Oeste relatam que os funcionários do ministério estão “tensos” e, alguns, “em pânico”, em virtude de possíveis demissões, caso Almeida saia do cargo.

Mensagens obtidas pela reportagem mostraram que há, inclusive, um movimento interno em defesa de Almeida.

Um servidor lançou um manifesto pela permanência do ministro, após a primeira reportagem publicada pelo portal UOL surgir. Conforme a reportagem, as denúncias eram de assédio moral e sexual praticados no ministério. Muitas delas estariam sendo abafadas para não prejudicar o governo Lula. Um dia depois da notícia do UOL, o site Metrópoles afirmou que uma das vítimas seria Anielle Franco.

“O racismo de indivíduos maliciosos e instituições midiáticas não nos deixam [sic] descansar justa e pacificamente”, diz um funcionário, na mensagem. “Imagino que alguns e algumas de vocês viram a matéria publicada, irresponsavelmente, pelo UOL, fazendo ilações a respeito do ministro Silvio, que, nem de longe, correspondem à realidade.”

Adiante, o homem afirma que “as acusações não atingem só ao ministro, mas a nós que trabalhamos diariamente para construir o MDH”. Além disso, o servidor diz ainda “não ser admissível que um ministro negro” tenha de ligar com “mentiras e ofensas”. Depois da polêmica, o documento foi tirado do ar.

Leia também: “Fora da lei”, reportagem publicada na Edição 232 da Revista Oeste

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