Na tarde da quarta-feira, 17, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se encontrou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. A reunião, segundo interlocutores de Rui, foi “boa”. O ministro foi escalado pelo presidente Lula para ser a ponte entre ele e Lira, pois o presidente da Câmara não se dá com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Na semana passada, inclusive, Lira chamou Padilha de “incompetente”, em mais um capítulo da crise entre Executivo e Legislativo. Na terça-feira 16, o presidente da Câmara pautou a urgência de um projeto de lei que dificulta a vida de invasores de propriedades privadas, atingindo diretamente o MST, um dos grupos aliados do governo.
Na ocasião, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou a ação de Lira, alegando que não houve acordo em torno do tema na reunião de líderes partidários. Apesar disso, o requerimento foi aprovado. Ainda ontem, Lira disse aos líderes que instalaria até cinco CPIs nos próximos dias, o que também pode dificultar a vida do governo.
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Nenhuma chance dos petistas cumprirem acordos.
A palavra é a última que vale.
Lira que se cuide. Se ele pensa que o PT cumpre acordos, está muito enganado. Muito provavelmente será destruído politicamente quando deixar a presidência da casa, quiçá preso pela “demogracinha” alexandrina. Os inimigos são poderosos, localmente o notório Renan Calheiros é um inimigo figadal; nacionalmente, o consórcio no poder, Lula e o STF.