O senador Plínio Valério (PSDB-AM), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante autonomia financeira ao Banco Central (BC), disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda não o procurou para discutir a PEC. O congressista deve entregar o texto até abril.
Valério é autor do projeto de lei que garantiu independência operacional ao BC, a fim de barrar interferências do governo federal na instituição. Agora, atua na relatoria da PEC do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
“Tenho ouvido que há resistência no governo com a ampliação da autonomia do Banco Central”, contou Valério. “Mas por que o governo não quer? Por birra? Logo, Lula vai poder mudar o presidente do BC. Então, não vejo por quê.”
Com boa interlocução com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, Valério disse ter em mãos um estudo enviado por Campos Neto com pontos a serem considerados em seu relatório.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, declarou que o governo foi “surpreendido” pela proposta. “Estamos discutindo e vendo as implicações, mas ainda não tem uma posição”, disse.
Reunião do relator da PEC do Banco Central com representantes de servidores
Valério recebeu, na tarde de hoje, representantes do BC, a fim de ouvir “todas as partes”: BC, servidores e Executivo.
“Essa PEC irá completar a lei, dando agora a autonomia financeira ao órgão”, afirmou Valério. “Não vamos atrás para pedir a benção de ninguém, mas quem quiser vir aqui, vou ouvir e aceitar sugestões do que é bom e o que prejudica. Não tem cabimento eu piorar a lei.”
Participaram da reunião a presidente da Associação Nacional dos Analistas do Banco Central, Natacha Gadelha Rocha; o representante do Sindicato Nacional dos Técnicos do BC, Diego Aredes, e o vice-presidente de comunicação do Fórum Nacional Permanente da Carreira Típica de Estado, Fábio Faiad.
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