O relatório da CPI do MST vai pedir o indiciamento de, ao menos, cinco pessoas. Conforme apurou Oeste, entre elas estão o líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha, o deputado petista Valmir Assunção (BA) e Jaime Messias Silva, diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas.
O relator da CPI, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ainda pretende pedir denúncias contra os assessores parlamentares de Valmir: Oronildo Loures Costa e Lucineia Durães do Rosário — que também é dirigente nacional do MST. Além disso, Salles vai pedir o indiciamento de alguns líderes locais do movimento na Bahia.
O documento deve ser entregue até a terceira semana de setembro. Mas o líder nacional do MST, João Pedro Stédile, deve ser poupado, pois a CPI não teria provas suficientes contra ele. Também ouvido pela comissão, o ex-ministro Gonçalves Dias também não deve entrar na lista de indiciados.
Instalada em 17 de maio, a CPI do MST está prevista para terminar em 17 de setembro deste ano. Devido à dança de cadeiras provocada pelo governo e por líderes do centrão, a oposição perdeu a maioria definitiva no colegiado.
Na sessão desta terça-feira, 29, por exemplo, apenas um requerimento da oposição foi aprovado, pois, o governo alterou novamente a composição durante a votação. Em geral, a diferença entre a ala governista e a oposição ficou em em um voto.
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