O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse, nesta quarta-feira, 26, que não vai forçar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nunes espera que o Partido Liberal (PL) — em que Bolsonaro é filiado –, o apoie à reeleição.
Contudo, ainda não há nenhuma sinalização oficial do partido nem do ex-presidente sobre as eleições de 2024. Até o momento, o PL minou apenas a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) ao posto.
“Acho que Bolsonaro não descartou me apoiar”, disse Ricardo Nunes a jornalistas antes de chegar a um evento da comunidade libanesa. “Tudo tem um tempo. Se vier o apoio, ótimo. Mas não vou forçar ninguém a me apoiar. Estou fazendo o meu trabalho e cada pessoa deve ter a própria decisão. O apoio do PL é muito importante.”
À imprensa, Nunes destacou que nem sequer vai forçar o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nas eleições de 2022, Tarcísio recebeu o apoio do prefeito, que, em troca, pediu a força do governador no pleito de 2024.
Já em relação ao PL, ao que tudo indica, ainda falta uma sinalização do partido quanto ao nome de um candidato à vice-prefeitura de Nunes. A ideia é que a chapa tenha um nome mais “aguerrido”, mais ligado a Bolsonaro, como vice. O emedebista, porém, disse que seu vice ainda será decidido em uma reunião com outros partidos, além do PL.
“Há uma possibilidade de que tenha o União Brasil, o PSDB, o Podemos, o PP, o PL e o Republicanos conosco”, explicou. “Se isso for confirmado, é natural que a gente reúna todo mundo para definir em conjunto. Não tenho nenhum compromisso com partido para indicação de vice-prefeito. O PL é o maior partido e, naturalmente, tem mais argumentos para indicar um nome, mas não há imposição sobre isso.”
Mais cedo, o emedebista participou de um almoço com empresários em homenagem ao ex-presidente, em São Paulo. Nunes, no entanto, negou que o encontro serviria para tratar de política e afirmou que era apenas um evento rotineiro, com doações beneficentes.
O almoço aconteceu na casa de empresários da comunidade libanesa, e a anfitriã foi Marly Mansur, da Confraria Caves. O local é conhecido por ofertar diversos eventos a políticos.
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