Com 33 partidos políticos e outros 70 aguardando na fila para receber a certidão de nascimento, o Brasil integra a lista dos campeões nacionais quando se fala em quantidade de legendas. Há pouco mais de quatro décadas, porém, a realidade era bem diferente. Em 1965, com a promulgação do Ato Institucional n° 2, o regime militar instituiu o bipartidarismo, realidade que perdurou até 1979, quando o Congresso aprovou a Lei Orgânica dos Partidos. Um dos objetivos do presidente João Figueiredo era dividir a oposição e garantir a vitória de aliados nas eleições de 1982.
Figueiredo sabia que os antigos membros da Arena se reuniriam numa única legenda, o Partido Democrático Social (PDS), enquanto os do MDB se dividiriam em várias siglas. A partir dele, surgiram o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), liderado pelo então deputado Ulysses Guimarães. Logo depois, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de Ivete Vargas (Roberto Jefferson assume em 2003), o Partido dos Trabalhadores (PT), de Luiz Inácio Lula da Silva, e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Leonel Brizola.
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Nos anos seguintes, dezenas de outras legendas nasceram, morreram, renasceram, desmembraram-se ou fundiram-se, formando o multifacetado cenário atual. Entre outros benefícios, os partidos se mantêm graças aos fundos partidário (R$ 1 bilhão) e eleitoral (R$ 2 bilhões), abastecidos com dinheiro dos pagadores de impostos. O PSL (partido que abrigou o presidente Jair Bolsonaro) e o Partido dos Trabalhadores (PT), por exemplo, embolsarão este ano, juntos, mais de R$ 400 milhões para participar do pleito municipal.
“Muitos deles tornaram-se ‘lojinhas’ em vez de representações da vontade popular”, resumiu Rodrigo Prando, cientista político da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ao defender que haja uma reforma política no sistema capaz de reduzir a quantidade de legendas. “Depois de 1979, muita gente fundou um partido para atender a interesses particulares”, afirmou Prando. “O problema é que, para ser aprovada, a reforma política depende justamente daqueles que são beneficiados por esse modelo corrompido.”
Se tirar o fundo partidário .. ninguém cria partido..
Como é importante as eleições municipais, são elas q alimentam esses partidos no congresso, temos q observar quais partidos colocaremos em nossos municípios para poder reforça a candidatura d deputados e senadores compromissados com as reformas, sem isso só veremos está lista crescer cada vez mais.
Não vi nenhuma mudança nas últimas eleições. O partido que mais travou o Brasil foi o
Mais votado.
Creio que o mais importante para nós, seja ir retirando cada vez mais os corruptos, ignorantes e amorais de todos os partidos não de esquerda, e essa, o que intitulamos de esquerda, não elegermos mais ninguém.
Tal proposta é simples e plausível de ser implementada, tem fulcro na evidência de que o candidato afiliado ao partido A, tem tudo a ver com as características daquele partido, e que, portanto, deverá ser tão nocivo ao País quanto.
Hj os partidos são uma união de pessoas com interesse de beneficiar a si mesmo, não por possuirem uma mesma ideologia como deveria ser.
Bem interessante. Como todo o mundo sabe, sou também Genealogista. E gostei do enfoque. Quando tinha colunas em jornais costumava escrever sobre o tema em época das eleições. A árvore genealógica dos políticos está presente até mesmo no fundo do sertão. Tem até histórias interessantes de que um casal se divorcia para concorrerem em eleições por partidos diferentes. Depois um deles ganha e eles com a ajuda de Todos os Santos se reconciliam…