Pesquisadores descartam possibilidade de reativação da covid-19
Especialistas em doenças infecciosas da Coreia do Sul disseram nesta quarta-feira, 29, que fragmentos de vírus mortos foram a possível causa para mais de 260 pessoas testarem positivo novamente para a covid-19 semanas após a recuperação.
Oh Myoung-don, que lidera o comitê clínico central para o controle emergente de doenças, disse que os membros do comitê encontraram poucos motivos para acreditar que esses casos poderiam ser reinfecções ou reativações da covid-19.
“Os testes detectaram o ácido ribonucleico do vírus morto”, disse Oh, médico do hospital da Universidade Nacional de Seul, em coletiva de imprensa realizada no Centro Médico Nacional.
Ele continuou explicando que, nos testes de PCR, ou nos testes de reação em cadeia, usados para o diagnóstico de covid-19, o material genético do vírus aparece durante o exame. Ele pode provir de vírus vivos ou apenas de fragmentos de vírus mortos, que podem levar meses para desaparecer em pacientes recuperados.
Os testes de PCR utilizados na Coreia não conseguem distinguir se o vírus está vivo ou morto, acrescentou Oh, e isso pode levar a falsos positivos.
As descobertas do comitê confirmaram uma avaliação anterior dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças do país (KCDC) de que pacientes repetidos parecem ter pouca ou nenhuma contagiosidade.
O KCDC citou resultados de testes em que não se conseguiu encontrar vírus vivos em pacientes recuperados.
Além disso, o comitê descartou a reativação da covid-19 e disse que há pouca ou nenhuma possibilidade de que reinfecções ocorram, devido aos anticorpos que os pacientes desenvolvem.
“O processo em que a covid-19 produz um novo vírus ocorre apenas nas células hospedeiras e não se infiltra no núcleo. Isso significa que não causa infecção crônica ou recorrência”, disse Oh.