Dinheiro veio principalmente do coronavoucher e do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda
Dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, 23, mostram que cerca de 43% dos domicílios brasileiros (29,4 milhões) receberam, em junho, algum auxílio emergencial do governo relacionado à pandemia.
Segundo a Pnad Covid19, versão da Pnad Contínua, o número corresponde a mais 3,1 milhões de lares beneficiados, na comparação com o mês anterior.
Foram distribuídos R$ 27,3 bilhões, sendo que metade da população brasileira, formada pelos estratos mais baixos de renda, recebeu 75,2% das transferências.
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Em junho, 49,5% da população, cerca de 104 milhões de pessoas, viviam em domicílios em que, pelo menos, um morador recebeu auxílio.
“Direta ou indiretamente, esse contingente pode ter sido beneficiado com auxílio”, disse o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
O dinheiro veio principalmente do coronavoucher de R$ 600 e do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda. O valor médio do benefício foi de R$ 881 por domicílio.
Entre os 83,4 milhões de trabalhadores do país, cerca de 14,8 milhões estavam afastados do trabalho e, entre estes, 7,1 milhões estavam sem remuneração, o equivalente a 48,4% dos trabalhadores afastados.
Em maio, este percentual chegou a 51,3%, o equivalente a 9,7 milhões de pessoas. No Nordeste, 51,8% das pessoas afastadas do trabalho estavam sem remuneração.
O percentual de afastados devido à pandemia caiu de 18,6% para 14,2% dos ocupados, de maio para junho, totalizando 11,8 milhões de pessoas.
Bolsonaro é o verdadeiro “pai dos pobres”.