O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Polícia Federal que apresente um relatório sobre o andamento do inquérito que investiga a conduta de autoridades do Distrito Federal, como o governador Ibaneis Rocha (MDB), e o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo a decisão do ministro, se ainda não tiver concluído as investigações, a PF precisa apresentar uma justificativa para a prorrogação do inquérito.
O pedido para a Polícia Federal prestar informações partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, requisitou um relatório, ainda que parcial, do caso.
“A manifestação é pela intimação da Polícia Federal, para que forneça esclarecimentos sobre o andamento da apuração criminal e apresente o respectivo relatório, ainda que parcial, bem como, se necessário for, justifique a necessidade de prorrogação da investigação, apontando as medidas instrutórias pendentes de implementação para a completa elucidação dos fatos”, diz um trecho do ofício encaminhado ao STF.
Moraes atendeu ao pedido na última segunda-feira, 19, e mandou notificar o delegado responsável.
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Inquérito contra Ibaneis e Torres pelo 8 de janeiro
O inquérito foi aberto logo depois da invasão da Praça dos Três Poderes. São investigados Ibaneis, Torres, o ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF Fernando de Souza Oliveira e o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira.
Em depoimento, o governador contou que acompanhou os protestos pela televisão e que, assim que a manifestação começou a sair do controle, imediatamente deu ordem para que todas as providências fossem tomadas para esvaziar o prédio do Congresso Nacional, o primeiro a ser invadido, e para prender os vândalos. Também negou ter sido alertado do risco de atos violentos.
Anderson Torres também foi ouvido pela PF na investigação. Ele ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando houve a depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes, mas estava de férias nos Estados Unidos. Torres alegou que não havia indícios de que ocorreriam ações radicais.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
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