Ministro-chefe da Secretaria de Governo é responsável pela articulação política. Ramos considera ter cumprido a missão de montar a base do governo no Congresso e ensaiava retorno ao Exército, mas crise da covid-19 o motivou a permanecer no cargo
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, general de exército, está a caminho da reserva. E vai com o coração apertado, mas com o sentimento de alguém que sempre honrou não apenas o Exército de Caxias, mas também a pátria. O momento, explica, é de dedicação à crise que o país enfrenta.
Em carta enviada aos generais e amigos da caserna, Ramos destaca que a pandemia do coronavírus e suas “crises derivadas” o levaram a tomar a decisão de ir para a reserva. O ministro até sinalizou que, não fosse a covid-19, ele poderia abandonar o cargo e voltar a se dedicar ao Exército. Está, agora, contudo, em um caminho sem volta para a reserva, que deve ser processado em 1º de julho.
A crise da covid-19, entretanto, exigiu dele ainda mais esforços em prol do país. “Me preparava para o retorno quando, de forma absolutamente imensurável, fomos atingidos pela crise da covid e suas crises derivadas, de tal forma que minha permanência como ministro tornou-se muito importante para minimizar os impactos das crises”, explica.
Consequentemente, sua permanência no serviço ativo “perdeu o sentido”. “E torna-se prejudicial à instituição que me fez quem eu sou e que tanto amo”, justifica. O ministro lembra que assumiu o cargo com a responsabilidade de montar uma base no Congresso para a aprovação de projetos de interesse do Executivo.
Base
O ministro ponderou que acreditava na possibilidade de estruturar a base do governo ainda em 2019. Mas os trabalhos exigiram mais tempo. “Grande parte dela foi cumprida, ajudamos a aprovar a Previdência, o Sistema de Proteção Social dos Militares, Salvaguarda de Alcântara, Liberdade Econômica, entre outros. Entretanto, a base do governo exigiu um pouco mais de tempo para sua consolidação”, destaca.
A avaliação pessoal do ministro é que conseguiu cumprir a missão, e, agora, em meio à covid-19, ele precisa manter as rédeas da interlocução governista com o Congresso. “Agradeço ao Comandante do Exército a confiança em mim depositada e a consideração ao me permitir a permanência na ativa, bem como a todos os companheiros que me apoiaram e me apoiam nessa empreitada. Brasil acima de tudo!”, sustenta.
Confira, abaixo, na íntegra, a carta enviada por Ramos à caserna.
Só uma palavra: obrigado.
Cumpriu a missão Ramos.
Continue apoiando onde estiver.
Que outro venha no lugar e sigamos em frente.
Presidente sabe o que faz.
Missão cumprida? O que esse general fez em toda sua passagem por esse governo, foi afagar antigas amizades comunistas da era petista e não formou base alguma. Que base é essa? Além de ir para a reserva que tanto faz como tanto fez, não fazem nada mesmo, devia pedir o boné e ir jogar pingue pongue no clube militar. Inúteis.
Esta é a grande vantagem dos militares no governo, eles sabem que tem uma missão a cumprir em prol de nosso país.