(J. R. Guzzo, publicado no jornal Gazeta do Povo em 15 de julho de 2021)
A grande guerra do voto “impresso” que o publico está vendo acontecer na sua frente é um desses clássicos da comédia — todos os personagens estão errados. Para começar, o público pagante, cujos interesses deveriam ser os únicos a ser levados em conta nessa conversa toda, está a anos-luz de distância do debate; até agora, ninguém parou cinco minutos para pensar no que seria melhor para ele. Depois, o voto “impresso” não é impresso — embora uma das facções se oponha furiosamente à impressão dos votos, a outra diz que jamais pensou em imprimir voto nenhum. Mais: é uma questão essencial para as eleições de 2022, mas os políticos acabam de adiar ainda uma vez a sua discussão, jogando tudo para “depois do recesso”. O lado “A” acha que o lado “B” quer roubar na apuração. O lado “B” acha que o lado “A” quer criar uma ditadura no Brasil.
Com a desonestidade fundamental que marca toda a discussão política no Brasil de hoje, transformaram uma questão puramente técnica, comandada pela mecânica e pela eletrônica, numa divisão ideológica irremediável. A “esquerda”, encarnada no caso pelo ministro Luís Roberto Barroso e seus colegas do STF, diz que o sistema atual de urnas eletrônicas não pode ser tocado em absolutamente nada; não seria mais passível de nenhum tipo de aperfeiçoamento, por ter atingido a perfeição, segundo seus defensores, e qualquer tentativa de mexer nisso é um crime contra a democracia. A “direita”, encarnada pelo presidente Jair Bolsonaro, diz que esse mesmo sistema torna impossível uma eleição limpa — e que se as eleições de 2022 não forem limpas, não haverá eleição nenhuma.
Entre os dois fogos, ficam perdidos — e no mais completo prejuízo — o eleitor, que deveria ser o centro dos debates, e os que querem simplesmente um sistema de voto e de apuração melhores, mais modernos e mais seguros que o atual. O STF proíbe a discussão do assunto; diz que qualquer tentativa de melhorar o processo atual, em vigor há 25 anos, é “virar a mesa” para falsificar os resultados e impor uma “ditadura” ao país. Não foi capaz, até agora, de dar uma única resposta séria à uma pergunta simples: por que seria errado tentar aprimorar o atual sistema? Qual o crime em querer melhorar um conjunto de máquinas?
Os bancos, por exemplo, melhoram todos os dias a segurança, a eficácia e a inteligência de seus processos eletrônicos — gastam bilhões de reais nesse trabalho. A Receita Federal faz a mesma coisa; não passa na cabeça de ninguém, ali, trabalhar hoje com os métodos de 1996. A indústria e o comércio criam a cada ano, ou menos, novos ambientes eletrônicos para o exercício de suas atividades. O Uber melhora o seu sistema. O delivery de pizza melhora o seu sistema. O boteco da esquina melhora o seu sistema. Só os burocratas do Superior Tribunal Eleitoral, sob o comando do STF, têm a certeza absoluta de que não há nada a melhorar nos mecanismos de votação e apuração das eleições brasileiras.
Mas os nossos políticos acham que nada disso é realmente importante, tanto que jogaram tudo para depois — na esperança de que a coisa acabe morrendo de morte natural. Como sempre acontece, mais uma vez fica claro que no Brasil há muita democracia, muita instituição, muito Estado de direito, muita ciência política — só não há povo. Esse não chega nem perto da conversa do ministro Barroso, dos mandarins da Câmara e Senado e de toda essa gente que aparece no jornal do horário nobre.
Leia também: “Da esquerda brasileira se pode esperar sempre o pior”, artigo de J. R. Guzzo publicado em Oeste
Um ano é muito tempo para o aprimoramento tecnológico e digital.
A urna eletrônica foi desenvolvida em 1996. Estes 25 anos, de lá pra cá representa uma eternidade. Resumindo: Já passou da hora de aprimorar o sistema de urnas eletrônicas no Brasil. #PeloVotoAuditável e pela contagem pública.
É a suprema desonestidade do SUPREMO.
PARA O BRASILEIRO DE BOM SENSO E HONESTO, E QUE QUER O MELHOR PARA O BRASIL, DE HOJE, E DO FUTURO, É PARA FICAR INDIGNADO COM ESSA POSTURA MALIGNA DO STF (SUPREMO TRIBUNAL FEFERAL) DOS PARTIDOS DE ESQUERDA E DESSA FAMIGERDA IMPRENSA COMUNISTA (EXCETO POUQUÍSSIMOS VEÍCULOS), EM NÃO QUERER APOIAR , VOTAR A FAVOR E INFLUENCIAR A APROVAÇÃO DO VOTO AUDITÁVEL, JÁ A PARTIR DO ANO QUE VEM, SÓ, E SOMENTE SÓ, APENAS PARA FACILITAR O RETORNO DE UM BANDIDO, LADRÃO CONDENADO EM TRÊS INSTÂNCIAS, NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, PARA QUE, NOVAMENTE, POSSA ABRIR AS PORTAS DOS COFRES (DINHEIRO PÚBLICO), JUNTO COM SUA QUADRILHA – E PROVAVELMENTE NOVOS COMPARSAS – QUE ATUOU ENTRE 2003 E 2018, E QUE QUASE MERGULHOU NOSSO PAÍS NA MISÉRIA. O BRASIL NÃO PODE MAIS SUPORTAR TAMANHO AFRONTA, DA FORMA MAIS VIL, COVARDE, DESCARADA E ABUSIVA.
Guzzo, o artigo no todo é bom, mas o pequeno trecho que você compara a direita e a esquerda, se perde com a essência do VOTO IMPRESSO.
Guzzo, antes de mais nada a interpretação que você da ao Bolsonaro é desqualifica-lo na mesma importância do ministro presidente do STE, o iluminado Barroso. Você esquece o que seus colegas da Jovem Pan já ouviram nas lives do Bolsonaro, que se LULA vencer com o VOTO AUDITÁVEL, paciência, vai indicar mais 2 ministros do STF.
Portanto a fala “não haverá eleições sem o voto auditável”, é apropriada aqueles que não desejam ver o previsíveis conflitos sociais com a surpreendente vitoria de recente prisioneiro, condenado, entretanto conduzido pelo mesmo SUPREMO que é contra o VOTO IMPRESSO à condição de LIDER das pesquisas para presidente em 2022.
Guzzo, tenho com insistência pedido ao bom jornalismo, logicamente não do ESTADÃO, FOLHA, GLOBO, CNN, BANDNEWS, que revele a população o que é o VOTO IMPRESSO, porque devo alertar que até familiares meus como irmã e filhas ainda pensam que o bilhete é o mesmo que cédula eleitoral e pode ser levado para casa.
Peço ao bom jornalismo, honesto e inteligente que demonstre aos cidadãos que é ele próprio quem fara a 1a. AUDITORIA, quando observar o bilhete impresso com o nome do mesmo candidato que indicou na urna eletrônica, e que seu voto vai automaticamente para uma URNA LACRADA, sem qualquer manuseio, portanto impossível ser levada como comprovante pelo eleitor ao politico corrupto, como pretendem de má fé nos conduzir ALTAS AUTORIDADES do nosso judiciário.
Alguns colegas seus como Crystian Costa fazem bons esclarecimentos nesta edição.
Abraços Guzzo e ajude-nos a evitar o flagrante retorno da corrupção neste pais.
Agora, se a vontade popular realmente se inclina fortemente para a direita, liderada por Bolsonaro, e esse é o temor da esquerda em relação à eleições honestas, essa reação insana a um sistema auditável transparente tem como efeito reforçar a desconfiança na lisura do sistema eletrônico e reforçar ainda mais a inclinação popular para quem, supostamente, defende a soberania da vontade popular. É esse o estranho erro que a esquerda insiste em cometer. Os estrategistas da esquerda são idiotas a esse ponto? Pouco provável! É a natureza de escorpião da esquerda? Talvez! O certo é que essa reação alucinada, obsessiva, e aparentemente injustificada, da esquerda contra eleições confiáveis pode, isso sim, forçar o país a desejar um regime forte de direita. Resumindo, a esquerda pode estar empurrando, intencionalmente ou não, o Brasil para uma ditadura de direita. Durma, com um barulho desses.
É preciso ter em mente que o bom articulista não é o que escreve para ser lido por apenas uma parte do público. Mostrar os argumentos opostos é estimulante. Se eu estou certo, analisar o outro ponto de vista pode reforçar a minha certeza, ou, me convencer que eu não estou tão certo quanto pensava estar. No caso presente, Guzzo reforçou a minha certeza.
Pra mim está muito evidente, na “discussão dos insensatos” que ele buscou expor, que um dos argumentos é aceitável enquanto o outro e absurdo – ou, pelo menos, parece absurdo. Um lado diz que quer mais instrumentos para poder auditar de forma transparente o resultado de uma eleição porque teme a fraude. Essa é uma reivindicação permanente e inerente a qualquer sistema eleitoral democrático, portanto, é aceitável mesmo que não haja um caso concreto a ser explorado como justificativa. O outro lado, segundo Guzzo (eu não confirmo), diz que querer esse reforço de segurança faz parte de um plano de golpe. Esse argumento parece absurdo. Eu disse “parece”, e por quê? Porque sabemos que a esquerda usa a soberania da vontade popular como instrumento para destruir regimes democráticos. Um caso concreto foram os plebiscitos bolivarianos na Venezuela. Que Lula e Dilma tentaram usar no Brasil, mas não tiveram sucesso Não é desconhecido, mesmo dos mais desatentos, que toda ditadura tem início com forte apoio popular. É isso que a esquerda teme. Hoje, esse forte apoio se inclina para a direita, devido aos erros mega-cleptomaníacos da própria esquerda quando chegou ao poder. Se a vontade popular extremada é um perigo para a própria democracia, como a esquerda deixa implícito, resta intacta, na “discussão dos insensatos”, a suspeita de que as eleições podem, sim, vir a ser manipuladas, se é que já não foram anteriormente. Por outro lado, há uma enorme diferença entre o método bolivariano (ou do Foro de São Paulo) dos plebiscitos, que só pode ser aplicado por quem já detém o poder, e a certeza transparente do respeito à vontade popular em eleições livres, que pode beneficiar a qualquer dos concorrentes. No caso concreto, se Lula de fato é o favorito, quem se beneficiaria de uma fraude eletrônica seria o seu concorrente, então, por quê o medo do voto auditável? A esta altura da discussão, acho que a resposta a esta pergunta é mais que óbvia. E foi a “discussão dos insensatos” que nos levou de volta a essa obviedade. E sim, os políticos, mais uma vez, vão tentar empurrar esse problema com a barriga, e isso pode nos levar a uma tragédia.
Em cima do muro Guzzo fica fácil
Acrescentaria ao lado daqueles que não querem a melhoria do sistema atual a velha imprensa. O mesmo ativismo político que impera no STF corrompe as redações dos principais órgãos de imprensa. Esquecem ou fingem esquecer da possível convulsão social que as urnas não auditáveis poderão ocasionar.
A verdade é que os tribunais não querem que o povo meta o bico nos “PLANOS” dos poderosos. Se não querem o voto impresso, acabem de vez com a obrigatoriedade do voto.
eita que mentalidade em cima do muro guzzo! … e com isso foi injusto e mentiroso!
Gosto muito dos artigos do Guzzo, mas infelizmente pra mim já é o segundo artigo sobre o tema q ele pisa na bola ao dizer q tem dois lados errados…. não existe isso….temos um lado querendo deixar com está e outro querendo melhorar, e ponto….o “lado” do presidente não pede nada absurdo e tem uma reivindicação mais do q valida sim….e sobre trazer ao debate o fato de q ou se melhora ou não tem eleição é bem válido pq caso o Lularapio seja eleito alguém vai achar natural?? Não é possível um ex-bandido eleito pela vontade do povo sem ter como comprovar o fato…..simples assim….nesse caso prefiro q não haja eleição msm.