Em artigo publicado na Edição 114 da Revista Oeste, Flávio Gordon argumenta que, graças à internet, o cidadão comum deixou de ser apenas olhos e ouvidos passivos. Ele adquiriu uma boca, pela qual passou a emitir opiniões inconvenientes aos antigos monopolistas do mercado de ideias — as grandes emissoras de televisão, os jornais e as rádios.
Leia um trecho
“‘A internet deu voz aos imbecis’ — resmungou Alexandre de Moraes, ganhando os holofotes midiáticos com sua pose de bastião da democracia. Embora carregando as marcas distintivas de nossa República lagosteira, no geral constituída por material humano de quinta categoria, a fala apenas manifesta em escala nacional um fenômeno que é de ordem global. Recorrendo ao título da obra clássica do historiador norte-americano Christopher Lasch, poderíamos caracterizá-lo como uma ‘revolta das elites’, hoje voltada especialmente contra a democratização do debate público propiciada pelas redes sociais.
Antes acostumados a controlar a opinião pública por meio de uma imprensa amestrada — e incrivelmente homogênea em termos político-ideológicos —, no mundo todo os representantes daquelas elites política, financeira e cultural crisparam-se de pânico reacionário ante o contato direto com um público. Se antes ele lhes servia apenas como objeto de uma retórica demagógica, agora virava sujeito concreto de interlocução, dispensando a função mediadora (donde media, em inglês; médias, em francês; mídia, em português etc.) tradicionalmente exercida pelo velho jornalismo.”
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Revista Oeste
A Edição 114 da Revista Oeste vai além do texto de Flávio Gordon. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Silvio Navarro, J.R. Guzzo, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Salim Mattar, Cristyan Costa, Bruno Freitas, Dagomir Marquezi, Ana Paula Henkel, Bruno Meyer, Ubiratan Jorge Iorio, Gabrielle Bauer e Edimilson Migowski.
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Viva a Internet. Viva a liberdade. Viva a busca da consciência coletiva..VIVA O VOTO IMPRESSO E AUDITAVEL.
Estejamos abertos ao contraditório, e finalmente compreendermos o que é DEMOCRACIA.
Não o “estado democrático de direito ” da forma deformada que o estado “aparelhado” insiste em que aceitemos.
Quem puder vá à padaria comprar seu pão, ou continue latindo atrás das grades, esperando ordens do establisment.
Apenas corruptos, venais e idiotas-úteis desejam limitar o meio de comunicação para que a liberdade de expressão seja cerceada. Já foram grunhidos, tambor, fumaça, papel, telegrafo, luz, ondas curtas, raio laser, …, e agora internet. Lá na frente qual meio de transporte da comunicação será implementado e tentado ser boicotado pelos criminosos de plantão?
“…crisparam-se de pânico reacionário ante o contato direto com um público.”
Do mundo das aparências para a realidade nua e crua.Do lusco-fusco das bolhas para a campina aberta e ensolarada da vida como ela é.Realmente,deve ter sido um choque.
Sem a internet, muitos ainda acreditariam que Marx era boa pessoa e o socialismo preocupado com os povos indígenas, lol.
Claro: informação, jornais sérios, livros, existiam muito antes da internet, mas a grande maioria das pessoas não tinham condições financeiras para comprar vários livros, jornais e revistas sérias, inclusive, o tempo para separar o joio do trigo na mídia pré net, levava muito mais tempo do que hoje.
A internet hoje é terrivelmente indispensável