Entre outras coisas, o ex-governador do Ceará exigiu a prisão de quem não cumprisse regras do isolamento social
“As pessoas vão morrer sem fôlego. É uma morte horrorosa, e o Bolsonaro fica relativizando os dados”, afirmou Ciro Gomes nesta quarta-feira ao UOL. A assustadora profecia foi feita quando o ex-governador do Ceará criticava a condução do combate à pandemia de coronavírus por Jair Bolsonaro.
A declaração foi produzida pouco mais de 20 dias depois de Ciro aparecer nas redes sociais, com a fisionomia angustiada, para jurar que ficava aflito ao pensar que o vírus começaria a “subir o morro, invadir a favela e entrar nas palafitas”. “Eu queria abraçar esse povo todo”, informou. “Porque eles te pedem para isolar e eu sei que tem seis, sete pessoas dormindo no mesmo cômodo, pessoas dormindo na rua, pessoas que vivem de vender bala na rua. Meu coração está com vocês”.
Entre o vídeo em que faz cara de choro sem derramar uma única lágrima e a entrevista desta quarta-feira, Ciro Gomes aproveitou para garantir mais alguns centímetros ou segundos nos meios de comunicação.
Numa das aparições, exigiu a prisão de quem não cumprisse regras do isolamento social: “Imagina, pelo amor de Deus, burgueses brasileiros fazerem carreata na rua, dentro de carrão de luxo, com ar condicionado, com máscara, para pedir que o povo vá para dentro de ônibus, para estações de metrô e de trem, ficarem um empurrando o outro para poder ir trabalhar numa situação dessa”, delirou Ciro. “Esses camaradas precisam ser presos, que é o que nós vamos fazer aqui no Ceará”.
Criticou Bolsonaro por suas manifestações contrárias à quarentena horizontal: “O mundo está chocado. Nós vamos ter que levar o Bolsonaro a responder pelo que está fazendo no Tribunal de Haia”.
No clímax da sequência de comícios sem plateia, junto-se a Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (Psol), Manuela D’Ávila (PC do B), Flávio Dino (PCdoB), Roberto Requião (MDB) e Gleisi Hoffmann (PT) para assinar um documento que solicita a renúncia do presidente. Motivo: Bolsonaro agrava a crise do coronavírus porque “comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos”.
Ciro esqueceu como lidou com a epidemia de cólera quando governava o Ceará. O Estado registrou a morte de 187 cearenses em 1993 e 159 no ano seguinte.
“O senhor tentou negar, na época o senhor culpava a imprensa”, lembra o entrevistador, no vídeo abaixo. “Tinha que fazer isso, Rui”, responde Ciro. “Você imagina, quantos cearenses vivem do turismo? A vida de um homem de Estado é cruel as vezes”.
O jornalista insiste: “O senhor está dizendo que é cruel, porque o senhor teve que esconder isso?”. Ciro não titubeia: “Em vez de dar o adjetivo: tá bom, eu, governador do Estado, faço uma declaração: ‘Fortaleza está debaixo de uma epidemia de cólera’… eu imediatamente destruía 200 mil empregos”, argumenta. “É diferente de eu dizer: ‘não, temos muitos casos, mas estamos controlando’, não tem esse negócio de epidemia”. E conclui: “O adjetivo epidemia você não pode aceitar, um governante. Numa cidade turística é uma tragédia”.
Pelo que mostra o vídeo, Ciro não se limitou a relativizar os dados. Também fraudou informações e mentiu.
Muito boa lembrança! Mas o vídeo não abre.
Randulfo S. Pereira – Esse Ciro é do mesmo quilate de um João Dória. Segue o vento.
O Ciro é uma metamorfose ambulante, já foi do PSDB, PT, PMDB, PFL e PDT, a única coisa que ele é fiel é onde tá o din Din , a bufunfa, pois ele se agarra com quem tá no poder para tirar a sua parte no bolo.
Esse aí não se elege nem para síndico de prédio.
Pior do que o Estado de Calamidade Pública por que passamos,, é o Estado de Ditadura que vivemos. Cito o Fundo Eleitoral como exemplo, que foi dinheiro tirado do cidadão.
Esse cangaceiro alcoólatra deveria ser caçado (com cedilha mesmo) pela guarda volante da época do Virgulino!
Esse cara é uma das figuras mais divertidas da nossa política. Ele não diz coisa com coisa.
O boquirroto bravateiro morre pela boca imunda
Qual comunista que não mente???