(J. R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 23 de junho de 2021)
Há duas leis no Brasil quando se trata de apreciar o que passou a ser chamado, nas cortes de Justiça, na “sociedade civil” e na mídia em geral, de “atos antidemocráticos”. Quando um jornalista de direita, ou deputados da mesma orientação política, faz alguma coisa que desagrada o Supremo Tribunal Federal, a OAB e a esquerda em geral, o mundo treme. O STF enfia o suspeito no inquérito ilegal, permanente, sem data para acabar e sem controle nenhum que vem fazendo para apurar, justamente, “atos antidemocráticos”. Há, inclusive, um jornalista e um deputado federal presos atualmente por acusações de agirem contra a democracia, o Estado de direito etc. Quando aglomerações políticas que reúnem índios militantes atacam fisicamente policiais da Câmara dos Deputados e provocam a suspensão de uma reunião da Comissão de Justiça, não acontece nada. Aí não é mais um ato contra a democracia — ao contrário, é o pleno exercício da liberdade democrática de manifestação.
Não foi um incidente pequeno. Um policial foi ferido gravemente com uma flechada na coxa; teve de ser submetido a cirurgia. Outro foi alvejado no tórax. Os deputados que examinavam, de forma perfeitamente lícita e legal, um projeto de lei sobre demarcação de terras indígenas foram impedidos de fazer seu trabalho — a reunião da CCJ teve de ser suspensa, num atentado indiscutível à liberdade de ação dos parlamentares e do Congresso Nacional. Mas, nesse caso, não foi “ato antidemocrático” — ao contrário. Segundo a descrição geral da mídia, o que houve foi um “ato pacífico” no qual os índios “revidaram” as ordens de dispersar que receberam da polícia. Nenhum dos agressores vai ser minimamente incomodado; no seu caso, a lei do STF “não se aplica”.
Os índios que agrediram a Câmara são militantes profissionais; fazem parte de células políticas. As exigências que estão apresentando são absurdas: não admitem que a demarcação de terras indígenas, daqui para a frente, seja feita pelo Congresso, e não mais pelo Executivo, como prevê o projeto ora em discussão.
De onde saiu a ideia de que o Parlamento não tem o direito de fazer uma tarefa dessa importância, ou qualquer outra? De qualquer jeito, sejam lá quais forem os méritos da questão, não é possível achar que ataques físicos à Câmara de Deputados, com derramamento de sangue, sejam um recurso legítimo — ou um “protesto pacífico”.
A “questão indígena”, como um todo, é uma falsificação. Há hoje no Brasil, entre uma população total de 210 milhões de habitantes, 800.000 índios — dos quais 300.000 vivem em áreas urbanas. Esses 500.000 que sobram representam menos que a população de Sorocaba, mas ocupam 1.200.000 quilômetros quadrados de áreas demarcadas — nada menos que 14% de todo o território nacional, ou mais que o espaço ocupado por França, Alemanha e Itália somadas, até o último centímetro quadrado de suas áreas. Não há nenhum país do mundo onde os índios tenham tanta terra como no Brasil.
Os grupos políticos que vivem da “causa indígena”, porém, querem mais. Convenceram as classes intelectuais, as elites e os que têm boas intenções — e nenhuma informação — de que os índios são “vítimas” do “capitalismo no campo”, não têm “mais espaço” para viver e precisam, com urgência, de “novas terras”. São estes que querem impedir o Congresso, com uso da violência mais grosseira, de votar uma lei que dá aos representantes do povo brasileiro (podem ser ruins, mas só temos esses) o direito de decidirem sobre o território brasileiro. A cereja no bolo, para eles, é que o ministro Alexandre Moraes e o resto do STF nunca vão incomodá-los com inquéritos sobre “atos antidemocráticos”. Aqui o pau que bate em Chico não chega nem perto de Francisco.
Leia também: “A candidatura de Lula é um desastre”
O fato de que a maioria dos ameríndios viver em áreas urbanas não deslegitima a demarcação das áreas tradicionais da minoria. Destes 14% de terras que a reportagem alega serem demarcados, tão-somente 20% estão OFICIALMENTE demarcados, o que corresponde a exíguos 2,8% do território nacional. Nenhum país do mundo designa tanta pouca terra às populações tradicionais quanto o nosso.Considerando-se que no mínimo 68% da população brasileira (levantamento feito pela SBG – Sociedade Brasileira de Geneticistas em parceria com o Projeto Genoma/Genoma Project da OMS – Organização Mundial de Saúde com base em mapeamento cromossômico) tem ancestrais de povos originários, significa que os que alegam que os “índios” são “vagabundos fantasiados para um carnaval” e que suas reivindicações são “armação para passar nas TV’s” são traidores de 68% dos brasileiros e avessos aos direitos humanos de populações que há mais de 520 anos sofrem com a escravidão, doenças trazidas pelos europeus, etnocídio perpetrado pelos detentores do poder que lhes negam até o direito de serem o que nunca deixaram tampouco deixarão de ser: seres humanos com culturas e “modi vivendi” que dependem das terras tradicionais.
Guzzo, não só os indigenas politizados mas também os politicos que os conduziram a esse ato terrorista (pior que antidemocrático) que nosso glorioso STF desconhece. E tudo fazem para caracterizar impopularidade de Bolsonaro para ao final em 2022 perder as eleições nas URNAS ELETRÔNICAS.
É por isso Guzzo, que insisto em pedir ao bom jornalismo da revista oeste, jovem pan, gazeta do povo e outras idôneas que divulguem o que é o VOTO IMPRESSO, único meio de AUDITAR e se necessário RECONTAR essas urnas eletrônicas. É fácil entender o receio que nossos notáveis ministros do STF e da nossa tradicional e decadente imprensa, como o Estadão que emite EDITORIAIS FAKES, contra o VOTO IMPRESSO.
O mais grave ainda é que ninguém passara a confiar nas urnas eletrônicas e com certeza haverá graves conflitos sociais sem essa transparência. Afinal, o VOTO IMPRESSO não tem partido e servirá para partidos da direita, centro ou esquerda observarem TRANSPARÊNCIA nas urnas eletrônicas do Barroso. Nosso TSE esta exigindo do presidente Bolsonaro que apresente PROVAS de fraudes nas urnas eletrônicas, o que nos permitir cobrar do BARROSO como afirmar que nunca houve fraude se as urnas eletrônicas não são AUDITÁVEIS?.
Esse nosso país não para amadores, onde um presidente eleito com 57 milhões de votos não pode governar, quem dá as ordens nessa bagunça é o STF aparelhado, misericórdia 😥😥😥
Não passam de um bando de vagabundos fantasiados para algum carnaval de fora de época. Se soltar essas porcarias no meio de um cerrado, em poucos dias estão todos mortos de fome ou de sede.
fraude por toda parte. vigarice… malandragem e psicopatia!
Isso é tudo uma armação para passar nas TVs como exemplos de mal tratos do Bolsonaro/Brasil aos pobres índios. Não vai parar.
Esses são todos índios fajutos, andam de camionete e se soltar algum deles no mato será necessário um resgate aéreo.
Não está fácil viver neste nosso Brasil tendo mais de dois neurônios.