O homem que insultou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin no início de 2023, no Aeroporto de Brasília, gravou uma retratação pública por suas ofensas.
Luiz Carlos Bassetto, responsável pelas ofensas à Zanin, à época ainda advogado, fez o vídeo como parte de um acordo judicial na 6ª Vara Criminal do Distrito Federal, em processo no qual é réu por crimes contra a honra.
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“Espontânea e respeitosamente, retrato-me e apresento as minhas sinceras desculpas ao advogado Cristiano Zanin, atual ministro do STF”, declarou Bassetto no vídeo.
“Declaro publicamente que o advogado e atual ministro Cristiano Zanin não faz jus às palavras ditas por mim naquele dia”, acrescentou. “Ele não é o pior advogado que possa existir — pelo contrário: é um excelente advogado e hoje exerce o cargo de ministro em razão da sua competência.”
Na gravação, Bassetto também pediu desculpa à advocacia.
Relembre ofensas a Zanin
Em janeiro de 2023, Luiz Carlos Bassetto filmou a si mesmo enquanto insultava Zanin, chamando-o de “pior advogado que possa existir”, “bandido”, “corrupto”, “safado” e “vagabundo”.
No vídeo, gravado no banheiro do aeroporto, o homem ainda ameaçou agredir fisicamente o ministro. “Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse. […] Tinha que tomar um pau de todo mundo que está andando na rua”, disse. Zanin não respondeu às agressões e deixou o local.
Cristiano Zanin, advogado e amigo pessoal do presidente Lula (PT), foi o primeiro indicado pelo chefe do Executivo para o STF em seu terceiro mandato presidencial. O segundo foi Flávio Dino, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.
Está ficando difícil, o povo não pode mais reclamar, se indignar ou criticar instituições do governo. Já somos Venezuela.
Ahhh sim, claro. o senhor protagonista no artigo foi “convencido” pelo sistema e “declarou espontaneamente” sua nova visão, desta vez clarificada pela máquina opressora em defesa do estado democrático de direito… Sim, e todos nós acreditamos. Esperando a intimação para quando todos deveremos nos apresentar ao comissário mais próximo para verificação de nossas opiniões.
Luiz Carlos Brasseto certamente foi vítima da ação da KGB, ops, da PF, que se transformou em agência de policiamento da opinião pública.
Em certos regimes a prudência é antagonista da decência (A. Koestler “Escuridão do Meio Dia”)