Na quinta-feira 25, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) formou a primeira turma do curso de Cannabis medicinal, composta de 70 jovens pré-candidatos a vereador. Os participantes assistiram a dez horas de aulas ministradas por médicos, advogados e outros especialistas.
O curso, além de fornecer informações detalhadas sobre o uso medicinal da Cannabis, recebeu contribuições de pacientes que relataram suas experiências antes e depois da terapia canábica.
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Idealizado pelo deputado Caio França (PSB-SP), autor da Lei Estadual 17.618/23, o curso faz parte de um esforço para incluir a Cannabis medicinal no Sistema Único de Saúde (SUS). A Alesp aprovou a lei há pouco mais de um ano, mas a implantação do projeto começou no fim de junho. Na época, as farmácias do SUS iniciaram a distribuição do óleo de canabidiol para tratar patologias específicas.
Estados aprovam uso da Cannabis
Até o momento, 15 Estados já aprovaram a inclusão da terapia canábica na lista de medicamentos da saúde pública. Há dez anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação do primeiro canabidiol para uma criança com CDKL5.
Apesar das medidas, as casas legislativas não aprovaram uma regulação abrangente que explore os benefícios terapêuticos da Cannabis e o potencial do cânhamo industrial, uma subespécie com menos de 0,3% de THC, a substância psicoativa da planta.
Segundo França, o projeto visa a proporcionar educação de qualidade sobre o assunto para legisladores e futuros legisladores. O objetivo é garantir discussão e avanços de projetos específicos no Congresso sobre os tratamentos com Cannabis. Para marcar a iniciativa, os alunos da primeira turma da Alesp receberam certificados de conclusão em uma cerimônia de formatura.
Ué, a assembleia legislativa não é onde se fazem as leis? Agora virou escola?