No início desta quinta-feira, 4, o secretário de Transporte do Estado do Rio de Janeiro, Washington Reis, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). Trata-se da segunda fase da Operação Venire, que apura suposta adulteração no cartão de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022.
A investigação apura o eventual envolvimento de agentes públicos de Duque de Caxias em adulteração de cartão. A corporação informou que a intenção dessa fase é identificar “novos beneficiários do eventual esquema de fraude”.
Depois da saída da PF de sua residência, o secretário afirmou que os policiais buscavam informações relacionadas a Bolsonaro.
“Foi um mandado do Supremo Tribunal Federal do Alexandre de Moraes, querendo saber de cartão de vacina do Bolsonaro”, disse Washington Reis, em entrevista. “Reviraram a casa de cabeça para baixo, não tenho nada a esconder. Moro aqui há 57 anos, eles podem vir 600 vezes. O que acho engraçado é que é sempre em época de eleição.”
A operação da PF
Na Operação Venire, Bolsonaro e seus aliados foram alvo da primeira fase. Washington Reis era prefeito de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense que supostamente serviu como base para a “inserção de dados falsos” nas cadernetas de vacinação de Bolsonaro, Cid e da família Reis.
De acordo com a PF, os registros fraudulentos nos sistemas do Ministério da Saúde eram feitos pelo então secretário municipal de governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, nomeado ao cargo por Washington Reis.
Além de prefeito, o secretário também já foi vereador, deputado estadual três vezes e deputado federal por dois mandatos.
Posicionamento do governo do Rio de Janeiro
O governo do Estado do Rio divulgou uma nota sobre a ação da PF e ressaltou que a operação tinha como objetivo a obtenção de cartões de vacinação relacionados ao município de Duque de Caxias em 2022. “Não existe nada referente ao Governo do Rio na investigação e nem fatos que comprometam a conduta do secretário Washington Reis”, diz o comunicado.
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