O ex-secretário Anderson Torres, da Segurança Pública do Distrito Federal, vai prestar novo depoimento à Polícia Federal (PF), às 14 horas, sobre as blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. O depoimento será por videoconferência.
À época, ele era ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.
Em agosto, a PF indiciou Torres e o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, por supostamente usarem a máquina pública para interferir na disputa eleitoral daquele ano.
Resumidamente, Vasques e Torres teriam utilizado do governo para atrasar ônibus em rodovias do Nordeste.
Indiciamento de Anderson Torres
Conforme a PF, a suposta prática de Torres se enquadra no artigo 359-P do Código Penal, que define como crime a ação de “restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
A pena para quem comete o delito é prisão de três a seis anos e multa, além da pena correspondente à violência empregada na ação.
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