Durante essa semana, processo de obstrução comandado por Rodrigo Maia prejudicou análise de três Medidas Provisórias
Quando o governo federal começou a se aproximar do chamado Centrão, a intenção era que o Poder Executivo tivesse uma base consistente de atuação. A princípio e na teoria, essa aproximação deveria facilitar a vida do governo na Câmara. Na prática, porém, o Centrão vem tendo sérias dificuldades em entregar ao Planalto a tão sonhada governabilidade.
REVISTA OESTE: O xadrez do Centrão
Durante essa semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), articulou para mandar alguns recados ao governo. A princípio, ele utilizou a votação de três medidas provisórias tidas como prioritárias ao Poder Executivo: a MP 927, que altera trechos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) de forma temporária visando combater o coronavírus; a MP 932, que versa sobre as contribuições do Sistema S e a MP 944, que trata da linha de crédito emergencial ao setor privado para arcar com salários durante a pandemia.
Obstrução x base
Para dificultar a tramitação das matérias, Maia permitiu a livre obstrução dos deputados de oposição. O líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, não conseguiu barrar essa tática parlamentar e os projetos devem ser analisados na próxima semana. Mas sem qualquer garantia de que serão aprovados.
O LÍDER DO CENTRÃO: Lira, o Sombra
Atualmente, líderes do Congresso estimam que Lira possa entregar em torno de 200 a 230 votos. Isso é suficiente para livrar o presidente da República, Jair Bolsonaro, de qualquer processo de impedimento. O problema é que o Planalto tem exigido de sua base parlamentar número de votos suficiente para aprovar projetos que são de interesse do País. Assim, membros do governo demonstraram, nos últimos dias, incômodo com a falta de efetividade dessa nova base parlamentar.
Nas palavras de um integrante do Planalto, o governo até entende o desgaste de ser vinculado ao Centrão. Contudo, esses deputados precisam ajudar na aprovação de pautas de interesse nacional. Partidos como Progressistas, PSD, PL entre outros, após esse namoro, conseguiram nesse ínterim, cargos em setores estratégicos como Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fundo Nacional da Educação (FNDE) e Ministério da Saúde. Portanto, o governo federal até sinalizou boa fé. Agora, defendem aliados do presidente, o Centrão precisa entregar o que de fato promete.
Não pesam no povo!!
O Centrão vai dar apoio ao governo proporcionalmente a sua influência e cargos. Essa é a conta que eles fazem.
ESTÃO DE JOGUINHO COM O MAIA?? Não eram os “mandantes” do Congresso? Cadê a força do CENTRÃO?