Pivô de uma polêmica no início da semana, ao gravar uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro sobre a CPI da Covid, o senador Jorge Kajuru (GO) anunciou na quinta-feira 15 sua filiação ao Podemos. Ele foi convidado a se retirar do antigo partido, o Cidadania, depois de ter divulgado o áudio do diálogo com Bolsonaro.
O anúncio da filiação à legenda foi feito durante a sessão de ontem do Senado. Ao explicar a saída do Cidadania, Kajuru comparou a relação com a antiga legenda a “um casamento”. “Assim como no casamento, eu sempre soube entrar e sair, tanto que me relaciono muito bem com todas as minhas ex-esposas”, brincou o parlamentar. Segundo o senador, houve “um divórcio respeitoso, também pela incompatibilidade de ideias” com o partido presidido pelo ex-deputado Roberto Freire.
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Na nota divulgada pelo Cidadania em que o partido pede a Kajuru para deixar a legenda (leia aqui a íntegra), a sigla “reafirma a defesa irrestrita do Estado Democrático, dos valores republicanos e da separação entre os Poderes, especialmente do papel da Suprema Corte como guardiã da Constituição”. “Esses valores são diametralmente opostos aos observados na conversa do senador Jorge Kajuru com o presidente Jair Bolsonaro, em que flagrantemente se discute e se comete um crime de responsabilidade. E, nesse sentido, o partido fará um convite formal, com todo o respeito pelo senador, para que ele procure outra legenda partidária”, diz o texto.
Esta não foi a primeira divergência entre o Cidadania e Kajuru. Em nota divulgada no dia 18 de março, o partido se manifestou de forma contrária à iniciativa do senador de apresentar um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O texto dizia que a legenda desautorizava “qualquer ação em nome do partido que proponha o impeachment de ministros do STF” e que “atacar o STF é se alinhar às forças reacionárias e obscurantistas que atentam contra as instituições republicanas e contra a própria democracia.”
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Em entrevista a Oeste, publicada em 30 de março, Kajuru rebateu. “Ninguém me desautoriza. Quem me desautorizava era só a minha mãe. O partido foi muito educado comigo. O presidente Roberto Freire me ligou, dizendo que respeitava a minha opinião. Que o partido era contra por achar que o presidente [Jair Bolsonaro] vai colocar mais um Kassio Nunes [Marques] no lugar do Alexandre, que não vai adiantar nada… O partido é contra, mas me respeita”, afirmou. “Me desautorizar? Não existe isso.”
Com a chegada de Kajuru, o Podemos passa a contar com nove senadores — é a terceira maior bancada da Casa. Trata-se do quinto partido do senador desde o início de seu mandato. Ele foi eleito pelo PRP e, na sequência, passou por PSB, Patriota e Cidadania.
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Não passa de um fanfarrão.
Ingenuidade ter sido conferido a Kajuru o encargo de entregar o pedido de impeachment ao Presidente do Senado. Foram desperdiçadas mais de dois milhões e meio de assinaturas!!! Kajuru é tão confiável quanto nota de seis reais!!!
Piquete de uma só legislatura. Fadado ao esquecimento!!!
PERSONAGEM INTRIGANTE….UMA ESFINGE DA POLITICA
Esse Kajurú não é confiável.