O procurador-geral da República, Augusto Aras, não viu elementos que pudessem incriminar o presidente Jair Bolsonaro e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) na conversa que ambos tiveram, por telefone, sobre a CPI da Covid. Parlamentares da oposição ao governo entraram no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de investigação de Bolsonaro por supostos crimes de corrupção ativa e advocacia administrativa.
“Não se justifica a instauração de procedimento de investigação em face da autoridade noticiada. O diálogo reproduzido consiste em conversa informal e privada travada entre o presidente da República e um senador, a respeito dos futuros trabalhos de Comissão Parlamentar de Inquérito voltada para a apuração das responsabilidades no âmbito do combate à epidemia do vírus SARS-CoV-2”, anotou o PGR em seu despacho, em que pede o arquivamento do processo.
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“É natural que uma notícia sobre a instalação, pelo Senado Federal, de Comissão Parlamentar com vistas à apuração de responsabilidades em razão do agravamento da crise sanitária chame a atenção dos brasileiros, e também do presidente da República e de um dos integrantes da Casa Legislativa responsável, fazendo-os trocar opiniões pessoais, pontos de vista, críticas e informações sobre os trabalhos vindouros, independentemente de fonte ou de apuração prévia”, completou Aras.
O caso agora será analisado pelo relator da matéria no STF, Nunes Marques, que deve acatar a recomendação da PGR e arquivar o processo. Não há prazo para que o magistrado decida se autoriza ou não a abertura de uma investigação.
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uma coisa tão óbvia, mas precisou gastar tempo e recursos da PGR e do STF só por causa desses nanicos esquerdiótas!