Outros grupos de trabalho contra a corrupção, porém, como a Operação Lava Jato, continuam com destino indefinido
O procurador-geral da República, Augusto Aras, prorrogou o prazo de funcionamento da força-tarefa da Operação Postalis até o final do ano.
Em portaria assinada na última sexta-feira, 7, Aras determinou que o grupo de trabalho continuará até 31 de dezembro com seis procuradores.
Formada em agosto de 2019 para apurar crimes contra o sistema financeiro e de lavagem de capitais no Postalis, fundo de pensão dos Correios, a força-tarefa apresentou duas denúncias de fraudes milionárias à Justiça. Ela seria extinta em setembro caso a portaria que a instaurou não fosse renovada.
Além da Postalis, há outros grupos de trabalho dedicados ao combate à corrupção, como a Operação Lava Jato, Greenfield, Zelotes e outros, que estão na mesma situação – ou seja, precisam ser prorrogados nas próximas semanas ou perderão a validade e serão interrompidos.
No final de julho, a 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal enviou ofício a Aras pedindo a renovação das forças-tarefas por um prazo mínimo de seis meses.
Atualmente, o Conselho Superior do Ministério Público Federal discute a possibilidade de reunir todas as forças-tarefas sob comando único sediado em Brasília. O projeto criaria a Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Unac), subordinada ao PGR, para atuar no combate à corrupção, a atos de improbidade administrativa e ao crime organizado.
Investigadores resistem à proposta e veem risco de perda de autonomia com a unificação.
Para Aras, é preciso combater a divisão de grupos e o ‘aparelhamento’ da instituição. Ele tem defendido a busca por um Ministério Público ‘uno e indivisível’. Recentemente, abriu consulta para selecionar procuradores que tenham interesse em colaborar com as forças-tarefa em uma iniciativa que justificou como ‘republicana’.
É muita cara de pau.