Em meio ao embate entre o dono do Twitter/X, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o general norte-americano Mike Flynn solicitou a Musk que explique como os Estados Unidos podem auxiliar a plataforma diante dos “eventos recentes no Brasil“.
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O apoio do militar foi expressado por meio de uma publicação em seu perfil do Twitter/X, no domingo 7. Flynn é general aposentado do Exército dos EUA e foi conselheiro de Segurança Nacional no início do governo Donald Trump.
“Dados os acontecimentos recentes no Brasil… Diga-nos como podemos ajudar o X.”
.@elonmusk , given the recent events in Brazil…let us all know how we can help X.
— General Mike Flynn (@GenFlynn) April 7, 2024
Flynn saiu do cargo depois que suas conversas com o embaixador russo nos EUA, Sergey Kislyak, foram vazadas. Eles dialogaram sobre a interferência da Rússia nas eleições do país.
O general também chegou a mentir para o Federal Bureau of Investigation (FBI) sobre os encontros com o embaixador, mas foi perdoado por Trump em 2020. O ex-presidente já expressou disposição em trabalhar com Flynn novamente.
Desde a revelação do escândalo Twitter Files Brazil, Elon Musk tem feito questionamentos a Alexandre de Moraes sobre a censura do Judiciário no país. Por meio da rede social, ele já informou que vai reaver perfis derrubados por Moraes, chamou o magistrado de “Darth Vader do Brasil” e classificou as ordens de bloqueio como ilegais e “draconianas”.
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Musk também disse estar ciente da possibilidade de a rede social sair do país, em virtude de possíveis multas de Moraes, e fez uma publicação aconselhando usuários a utilizar a virtual private network (VPN), rede privada virtual, em português.
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Até o momento, o ministro não respondeu às perguntas feitas pelo empresário.
Alexandre de Moraes inclui Elon Musk no inquérito das milícias digitais
Moraes, no entanto, incluiu o dono do Twitter/X no inquérito sobre as supostas milícias digitais.
Conforme noticiado por Oeste, na decisão, o ministro afirmou ser “inaceitável que qualquer dos representantes dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada, em especial o ex-Twitter, desconheçam a instrumentalização criminosa que vem sendo realizada pelas denominadas milicias digitais”.
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Diz trecho do despacho de sete páginas do juiz do STF: “Determino a inclusão de Elon Musk, dono e CEO da provedora de rede social X, em face do cargo ocupado, como investigado do Inquérito 4.874, pela, em tese, dolosa instrumentalização criminosa da provedora de rede social X, em conexão com os fatos investigados nos Inquéritos 4.781, 4.923, 4.933 e PET 12.100”. Embora citado como CEO da plataforma, Musk deixou a posição no ano passado. Hoje, quem ocupa esse cargo na big tech é a executiva Linda Yaccarino.
Moraes abriu ainda um novo inquérito, “por prevenção”, com a finalidade de “apurar a conduta de Musk”.
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O ministro do STF não aceita questionamentos, porque não encontra sustentação nas suas teses e oculta fatos que lhe são inconvenientes, como demonstrou a denuncia das solicitações sigilosas de bloqueio. Vide, também, a indisponibilização das fotos da invasão do congresso em janeiro e o cerceamento das defesas orais nos julgamentos.
Ele está melhor que nosso políticos. Pelo menos ele léu a constituição Brasileira
Uma boa ajuda é mandar um míssil Tomahawk pra Brasilia.