O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que sua eventual reeleição ao comando da Casa não depende da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. As declarações foram dadas em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 22.
“A eleição da Câmara tem diversos componentes. Tem os nomes apresentados. Tem a situação política do momento. Tem toda uma estrutura pretérita de perfil, do que um pensa, o outro não pensa. É determinante o apoio do governo? É. Às vezes, um governo se elege e quer ter um candidato, e ajuda. Mas não só isso. Muitos governos foram derrotados nas suas iniciativas, inclusive recentemente”, disse o deputado.
O presidente da Câmara disse ainda: “A vida do presidente Bolsonaro é uma. A minha vida é outra”.
Arthur Lira e o futuro de Bolsonaro
Na entrevista, Arthur Lira também falou sobre o futuro de Bolsonaro, que está negociando uma eventual filiação ao Partido Liberal (PL). O PP também chegou a conversar com o presidente da República, mas, de acordo com o comandante da Câmara, “essa questão do PL está resolvida”.
Indagado se o vice de Bolsonaro na chapa à reeleição poderia ser do PP, o deputado respondeu: “Há uma vontade de que ele sendo do partido da base, possa escolher o vice de outro partido que possa se coligar. Tem um caminho longo ainda. Tem o Republicanos, Progressistas, partidos que podem compor. Então, é normal que possa sair um vice do Nordeste ou de Minas. Um Estado que possa balancear”.
Avaliação sobre Moro
Lira afirmou ainda que não acredita na chamada “terceira via” nas eleições do ano que vem. Sobre a candidatura do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o presidente da Câmara disse que “o Supremo julgou Sergio Moro como parcial na questão do ex-presidente Lula e tantas outras”.
“A Lava Jato teve uma função importante na história e que teve acertos e erros. O balanço, se foi mais erros ou acertos, está colocado à prova porque quase todos vão ser candidatos. Qual era a intenção da Lava Jato? Combater a corrupção ou usar a operação como trampolim político? Todas as perguntas vão ser respondidas na eleição”, afirmou.
“Acho que a maioria esmagadora do Ministério Público e do Judiciário não concorda com isso, por isso defendi a quarentena. Você não pode usar a sua profissão como arma. Você não pode fazer uma operação hoje e amanhã ser candidato, se pautando em cima de uma operação que teve sucesso ou falhas. Como uma carreira típica de estado, com os privilégios, eles têm que ter um limite de atuação”, completou Arthur Lira.
Realmente nada haver com presidente. E mesmo se o meu presidente o apoiar, o povo de Alagoas tem que ficar atento a esse traidor.
Esse Arthur Lira é perigoso, tem cara de golpista, na verdade ali dentro poucos se salvam.