A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) decidiu entrar para um órgão do governo Lula. Em 16 de maio de 2023, o grupo anunciou que tem assento garantido no Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção, sob o guarda-chuva da Controladoria Geral da União (CGU). Os diretores tomaram a decisão sem consultar os filiados da Abraji.
Presidente da associação, Katia Brembatti disse que o grupo “não é um órgão do governo”. O conselho da CGU, porém, é coordenado e funciona por iniciativa do Poder Executivo.
“Já estamos participando de outras instâncias públicas de discussão, como o Observatório de Violência contra Jornalistas e Comunicadores, do Ministério da Justiça, e o Fórum Nacional de Liberdade de Imprensa, do CNJ, por entender que tratam de questões afeitas diretamente à atuação da Abraji”, disse Katia, em entrevista ao site Poder360.
Sobre a diretoria da Abraji ter decidido entrar para no conselho sem consultar os associados, Katia observou que “o estatuto da Abraji determina que a diretoria é a instância para as decisões estratégicas”.
Criada em 2002 depois do assassinato do jornalista investigativo Tim Lopes (1950-2002), a Abraji é uma entidade sem fins de lucro.
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Agora os jornalistas receberam o pagamento para executar a cartilha e publicar como esse governo é probo, bom, pensa nos pobres e com lisura
Augusto Nunes certa vez disse que: “todo jornalismo é por base INVESTIGATIVO”.
Então – levando-se em conta a redundância e/ou o pleonasmo – Qual seria o propósito dessa associação? Investigar quem ou o que?
Se não me engano, Mark Twain (considerado o precursor da literatura norte-americana), como escritor dizia que: “no jornalismo (investigativo), primeiro, deve-se apurar os fatos, para depois poder distorcê-los como quiser”.
Uma Associação de jornalistas parte desse desgoverno? …kkkkk
Isso mesmo. Continuem esse “joguinho do faz de conta” e lambam bem as botas de quem desregulamentou a profissão.de vocês.
Antevejo que num futuro muito próximo, vocês serão muito valorizados… (SQN)
Pode não ser um órgão mas pode ser uma Autarquia. O seu companheiro, jornalista investigativo Oswaldo Eustáquio vai estar na equipe?
“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.
Nelson Rodrigues (1912 – 1980), escritor, jornalista, dramaturgo.
“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.”
É do Millor Fernandes , 1923 – 2012. Adoro o Nelson mas essa não é dele.
Esse conselho, ao contrário do que a Sra. Katia informa, faz parte de governo sim. Todos os conselhos fazem parte. Se uma associação representativa ligada ao jornalismo passa a integrar uma estrutura formal do governo (que sabidamente são formados por apoiadores políticos), então posso pressupor, sem dúvidas, que boa parte da imprensa já não é mais livre.