O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não descarta a possibilidade de paralisar as atividades na Casa até abril. Tudo dependerá do avanço do coronavírus. Essa, contudo, é analisada como a última medida a ser adotada internamente a fim de evitar a propagação do coronavírus. Mas começou a ganhar força depois de os exames realizados pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS) terem dado positivo para o covid-19.
A suspensão das atividades na Casa vem sendo discutida internamente como uma das medidas a ser adotadas caso o coronavírus avance. Outras quatro providências estão sob análise, fora as ações adotadas na sexta-feira 13, quando a Câmara determinou que parlamentares e servidores com mais de 60 anos terão faltas abonadas a partir da próxima segunda, 16. No entanto, Maia quer evitar suspender as atividades e manter em pé a agenda de votações para aprovação de medidas ao enfrentamento do coronavírus.
Com as últimas medidas adotadas, fica determinado também que deputados, servidores e terceirizados devem comunicar à Câmara viagem a países em que houve transmissão do covid-19. O alerta vale mesmo que a pessoa não tenha viajado, mas apresente sintomas característicos da doença. No caso dos parlamentares, o comunicado deve ser dirigido à presidência. Nos demais, à chefia imediata.
A Câmara também vai permitir teletrabalho. A modalidade será exercida no caso de servidores, terceirizados com mais de 65 anos de idade, gestantes e trabalhadores que tenham realizado cirurgia ou tratamento de saúde que cause diminuição de imunidade. Durante o período de afastamento, porém, não será permitida a ausência do Distrito Federal ou do local de residência.