O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) chamou de “covarde” o assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos.
De acordo com a Polícia Civil, o carro do juiz foi alvo de diversos tiros depois de ser cercado por outro veículo, por volta das 20 horas.
“Conversei com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, que está em contato com as autoridades locais para apuração célere do episódio e a devida punição dos envolvidos”, declarou Barroso em nota.
“O Conselho Nacional de Justiça acompanhará os desdobramentos para garantir que a Justiça seja feita. Em nome do Poder Judiciário, presto solidariedade à família e aos amigos.”
Barroso também conversou com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Ele foi informado que todo o efetivo policial do Estado está atento ao caso e três delegados irão acompanhar as investigações.
“No entanto, as autoridades federais e o CNJ seguirão acompanhando os desdobramentos”, disse Barroso em nota.
Promotores de Justiça e Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco) também disseram que acompanham a investigação.
Quem era o juiz
Conhecido como “Paulão”, o Silva era juiz da 21ª Vara do Recife. Ele atuava há quase 34 anos e, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), em várias oportunidades atuou como desembargador substituto.
“O magistrado era muito querido por todos que fazem o Judiciário pernambucano”, declarou o TJ-PE em nota.
“O tribunal está entrando em contato com as autoridades policiais de Pernambuco e prestará todo o apoio necessário para o rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados.”

Também em comunicado, o Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre) repudiou o assassinato.
“O Consepre espera celeridade na elucidação do crime e a responsabilização rigorosa de todos os envolvidos”, disse a nota assinada pelo presidente da entidade, o desembargador Carlos França.