O ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, descartou a possibilidade de o governo propor aos brasileiros racionamento de energia. A fala do militar ocorreu durante a apresentação de medidas de enfrentamento da crise hídrica. Entre as iniciativas mencionadas, estão o acionamento pelo governo das termelétricas, o programa voluntário de economia pela indústria e o incentivo de redução de consumo para o setor público.
“Entre 2021 e 2022, vamos agregar 16 mil quilômetros de linhas de transmissão. Isso significa 10% do que temos hoje, o que potencializa muito a segurança”, disse Bento, na quarta-feira 25. “Vamos agregar ao sistema 15 mil megawatts (MW) de capacidade instalada de geração de energia. Essa quantidade representa 8% da atual capacidade instalada no país, que é de 185 mil MW”, acrescentou. “Não trabalhamos com a hipótese de racionamento.”
O ministro voltou a dizer que o país atravessa a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Bento lembrou que não se trata de uma exclusividade do Brasil. “Há dois meses, estive em cadeia nacional, alertando a sociedade sobre essa situação”, lembrou. “Temos diversos outros países com problemas semelhantes.”
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