O mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, vai herdar 340 processos de sua antecessora, Rosa Weber, a partir desta quinta-feira, 22.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Entre outras ações, o magistrado vai analisar um processo que pode atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro, pautas de costume e casos de interesse do governo federal, como o inquérito contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, investigado por supostos desvios de verbas públicas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
Flávio Dino e processo sobre interrupção da gravidez
Em virtude do voto favorável de Rosa, no ano passado, Dino não vai deliberar a respeito de uma ação do Psol que propõe descriminalizar a interrupção da gravidez até 12 semanas. Está no gabinete do juiz do STF um projeto do Partido Liberal (PL). A sigla pediu que a punição para abortos provocados por terceiros seja equiparada à do crime de homicídio qualificado.
CPI da Covid e Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República (PGR) é autora de um pedido de apuração das conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. Dino será o relator. O documento pode implicar Bolsonaro e outros agentes públicos.
Leia também: “Maioria dos deputados tem expectativa negativa sobre atuação de Dino no STF, mostra pesquisa”
Indulto natalino
Dino também vai se responsabilizar pelos indultos concedidos por Bolsonaro a pessoas com pena de prisão não superior a cinco anos. A PGR interpelou trechos das graças concedidas.
Aliados de partido
Ex-integrante do Partido Socialista, Dino assumirá a relatoria de processos de aliados, como os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR) — seu colega de partido — e Telmário Mota (Pros-RR). O inquérito em questão apura o possível envolvimento dos dois em um esquema de fraudes e desvio de verbas federais destinadas ao combate da pandemia em Roraima.
Flávio Dino passa por Executivo, Legislativo e Judiciário
A posse como ministro do STF marca o fim da peregrinação de Flávio Dino pelos diferentes Poderes da República. Indicado no ano passado pelo presidente Lula e tendo o nome aprovado pelo Senado para a cadeira deixada por Rosa no Supremo, ele permaneceu no Executivo, como ministro da Justiça e Segurança Pública, até 1º de fevereiro, data em que foi formalmente substituído por Ricardo Lewandowski.
Fora da Esplanada dos Ministérios, Dino teve vez no Legislativo. Isso porque, em 2022, foi eleito senador pelo PSB do Maranhão. Depois de dias de presença no Senado Federal, ele se despediu do Congresso Nacional nesta quarta-feira, 21, quando renunciou para poder assumir o posto de ministro do STF.
Leia também: “Quem é Ana Lobato, suplente de Dino que pode herdar mandato no Senado até 2030”
Aos 55 anos, Dino poderá permanecer como ministro do Supremo por duas décadas — a legislação prevê a aposentadoria compulsória aos 75 anos. Apesar do tempo, ele já sinalizou o desejo de voltar a atuar como político depois que deixar de usar toga.
Noves fora, os engavetados.
O que essa mulher estava fazendo la? Quantos processos abertos tem cada ministro? E viavel um sistema como esse ou existe para travar e impedir a evoluçao dos casos? Que diabo de eficiencia pode ter uma instituiçao com buracos com o esse? Poder judiciario vergonha nacional!
340 processos pendentes? tinha que ser demitida por “justa causa”
O bacanal está completo.
Filmes ocultados que registraram o que ocorreu dentro das dependências de órgãos públicos, são uma mancha na história da justiça brasileira, a ocultação como paradigma de excelência, foge completamente do significado da palavra justiça.