O ex-presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado, 21, que não se pode admitir um governo que “reluta em tachar de terrorista” o grupo extremista Hamas. A fala aconteceu durante um evento do PL Mulher, em Belém, no Pará.
“Não podemos admitir ter um governo que reluta em tachar de terrorista o Hamas”, declarou Bolsonaro. “Para mim, não é novidade. O PT, em 1990, criou o Foro de São Paulo com as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] ao seu lado. Eles sempre estiveram ao lado de ditadores, como o [Nicolás] Maduro, como o [Daniel] Ortega, na Nicarágua, que prende padres e expulsa freiras. Sabemos como funciona o regime cubano.”
Depois do ataque do Hamas contra Israel — que deu início a uma guerra — o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou os atos do grupo como terroristas, mas não chamou diretamente a organização de terrorista.
Inicialmente, Lula sequer mencionou o nome “Hamas”. Depois, contudo, o petista citou nominalmente a organização terrorista.
Apesar de condenar os atos do Hamas, o presidente mantém críticas a Israel, pela resposta que o país está dando aos ataques do grupo. Na sexta-feira 20, por exemplo, Lula disse que a resposta de Israel era “insana”.
No evento em Belém, Bolsonaro estava ao lado de sua mulher, Michelle Bolsonaro. Na ocasião, ambos seguraram bandeiras de Israel recebidas da plateia. “Temos que estar ao lado de bons países, como sempre estive de vários países, entre eles, Israel”, destacou o ex-chefe do Executivo.
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Por fim, Bolsonaro disse que o Brasil deve estar “preparado para tudo”. “Muitas vezes a gente acha que o que acontece na casa do nosso vizinho não pode acontecer em nossa casa”, ressaltou. “E que o que acontece num país distante não vai acontecer em nosso país. Temos que nos preparar para tudo.”
Abram o olho com a tríplice fronteira. Herzbolah já está por lá.