O presidente Jair Bolsonaro destacou os seus feitos à frente da Presidência da República em favor da reforma agrária. Em conversa com jornalistas na tarde desta quinta-feira, 18, ele aproveitou para pedir seriedade por parte da bancada de oposição que compõe a lista de integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dedicada a investigar os propósitos e os financiadores por trás de grupos invasores de terras como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“A CPI vai começar e tenho falado para os parlamentares, que vão compor o colegiado, para fazer um trabalho sério”, disse Bolsonaro. “Não é para ninguém chegar lá e ficar ‘lacrando’ ou querer aparecer. Eles têm que ficar lá para buscar alternativas”, orientou o antecessor de Lula no Palácio do Planalto e que responde como presidente de honra do Partido Liberal (PL).
Leia mais:
O PL conta cinco membros titulares na CPI do MST, que foi formalmente instalada na Câmara dos Deputados na quarta-feira 17. Além de Ricardo Salles (SP), que é o relator da comissão, a sigla é representada pelos deputados Capitão Alden (BA), Caroline de Toni (SC), Delegado Éder Mauro (PA) e Domingos Sávio (MG). Na condição de presidente de honra do partido, Bolsonaro foi enfático: não quer o colegiado usado como palanque. “Vamos tentar fazer uma CPI sem viés político.”
CPI do MST e ações em prol da reforma agrária
Com a instalação da CPI do MST, Bolsonaro aproveitou para valorizar um feito realizado pelo seu governo. Ele destacou que, na média, o número de invasões de terras durante o seu mandato foi de seis por ano. Algo bem diferente do que ocorria durante as gestões de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com ele, as médias anteriores eram de 30 e 20 por mês.
Contra o MST, mas favorável à implementação de políticas voltadas à reforma agrária. Dessa forma, Bolsonaro definiu o seu governo em relação ao campo do país. Nesse sentido, aproveitou para valorizar o trabalho iniciado por Michel Temer, seu antecessor na Presidência da República.
“Foi com o presidente Temer que começou a política de intitular terras no Brasil, não foi comigo”, disse. “Apenas com a Tereza Cristina e com o Geraldo anelo Filho, ex-presidente do Incra, potencializamos isso. Chegamos a 420 mil títulos, a maioria provisório, mas dava a garantia para a pessoa de que aquela terra era dela”, explicou o ex-presidente ao mencionar a hoje senadora pelo PP de Mato Grosso do Sul que foi ministra da Agricultura.
“No meu governo, ainda abrimos o licenciamento para a agricultura familiar, tratamos com dignidade as pessoas que serviam de massa de manobra para políticas que não concordamos, como invasão de terras”, prosseguiu Bolsonaro, que indicou: esse tipo de ação pode ajudar a minar novas invasões de propriedades rurais pelo país. “Quem sabe essa política de intitular terras pode ajudar nessa questão das invasões.”
Leia também: “O agro precisa virar uma paixão nacional”, entrevista com o presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro, Ricardo Nicodemos, publicada na Edição 163 da Revista Oeste
Bolsonaro não motivou o crime de invasão.
Ele deu a solução que os pequenos agricultores precisavam.
Não usar o povo como massa de manobra faz toda a diferença.
Ontem eu estava vendo alguns vídeos e em um deles tinha um deputado da oposição que estava mandando uma mensagem para os internautas, evidente, falando sobre uma dessas CPI’s. O deputado em questão é do Rio Grande do Sul, um tal de Macron (ou Marcon, não sei), mas o sujeito estava fazendo esteira, enquanto se dirigia aos eventuais ouvintes, resultado, interrompí imediatamente o vídeo e pasei para outro. Acho isso uma falta de respeito com o cidadão. Vá fazer sua esteira no raio que o parta, tchê! Ou se apresenta adequadamente ou não se apresenta. Aqui em Minas, tem um deputadozinho também muito do invocado e muito metidinho a lacrador que é o tal do Nikolas (ou Nicole?), então é o seguinte, não tenho muita expectativa sobre o desempenho desses lacradores nessas CPI’s, talvez eu tenha uma boa surpresa, assim espero. Para o ex-Presidente da República vir a público, recomendar que se evite esse tipo de comportamento, é porque ele deve conhecer muito bem essas figurinhas.