Pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, os deputados Guilherme Boulos (Psol) e Tabata Amaral (PSB) devem comparecer à 28ª Parada do Orgulho LGBT+, no próximo domingo, 2. Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, ainda não se decidiu se vai ou não ao evento.
Neste ano, a Parada do Orgulho LGBT+ deve seguir com manifestação política. O tema deste ano é “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo”. Ativistas querem trazer a reflexão de um “voto consciente” e representativo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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Os organizadores da Parada LGBT+ convidaram os participantes a vestirem roupas em verde e amarelo. O objetivo é retomar o uso das cores da bandeira do Brasil, associadas à direita e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Somos seres políticos”, afirmou o presidente do evento, Nelson Matias. “Por isso, nesta edição, escolhemos um tema que vai além da festa. Um tema que convoca cada um a refletir.”
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Ao trazer um cunho político ao evento, Nelson Matias argumentou que, “mais do que um voto consciente, precisamos ter um voto crítico para mudar a realidade de retrocessos.”
Neste ano, a organização já confirmou as apresentações de Pabllo Vittar, Banda Uó, Sandra de Sá, Tiago Abravanel, Glória Groove, Ludmilla Anjos e Filipe Catto.
Nunes mira Corpus Christi em vez da Parada LGBT+
O atual prefeito, Ricardo Nunes, que precisa dos votos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para chegar à reeleição, vai se dedicar no feriado de Corpus Christi para se alinhar ao público evangélico, enquanto a presença na Parada LGBT+ ainda é incerta.
Também diferente de Boulos e Tabata, Ricardo Nunes deve comparecer à Marcha para Jesus, principal evento do segmento evangélico — evento ao qual os pré-candidatos à prefeitura não devem ir. O prefeito tem larga vantagem entre o público evangélico em comparação com os principais adversários, segundo pesquisa Datafolha de março.
Quando ainda era vereador, Ricardo Nunes já visava a se aproximar do público cristão. À época, integrava a chamada bancada religiosa da Câmara Municipal, por ser católico.
Histórico de idas de Nunes à Parada LGBT+
Em 2022 e 2023, quando Ricardo Nunes já era prefeito, o emedebista não participou da Parada LGBT+ — cujo público costuma desaprovar Bolsonaro. Ele enviou representantes nas duas ocasiões.
Em 2022, depois de dois anos de edições virtuais devido à pandemia, Nunes participou do lançamento da Rede de Orgulho. O encontro foi promovido em um hotel na zona sul pela Associação da Parada do Orgulho LGBT+ de SP, que também organiza a parada. O prefeito, no entanto, não desfilou no evento em si.
Naquele ano, o tema da parada foi “Vote com Orgulho”. Houve momentos no evento em que o público presente gritou “Fora, Bolsonaro”. A postura de Nunes difere da adotada por seu antecessor, Bruno Covas (PSDB), que esteve na parada em edições anteriores e se posicionava politicamente a favor da comunidade LGBT+.
Se você do grupo LGBT++ se sente obcecado em provar algo ao mundo, então você precisaria da atenção mundial para poder provar isso. Mas o mundo real não se da bem ou convive com pessoas insanas, bizarras e bestiais. Não importando se se vestem como palhaços ou de verde e amarelo.
Se o retrocesso e negligência, o humor e os rumores, se a mentira e as trapaças, se a dissensão e persuasão, são mais necessários do que a fé e a verdade, então me diz algo sobre o tipo de mundo em que vivemos hoje.
Retrocesso e negligência é apoiar o descondenado na presidência.