O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que o torna inelegível. Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 11, ele se recusou a comentar os detalhes do processo e reiterou a intenção de lançar a pré-candidatura à Presidência da República já em março.
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O TRE de Goiás determinou a cassação do mandato da chapa eleita para a Prefeitura de Goiânia e a inelegibilidade do atual governador por oito anos. O motivo da condenação foram dois jantares com os vereadores eleitos no Estado, promovidos por Caiado no Palácio das Esmeraldas — sede do governo goiano. A sentença, divulgada na manhã de hoje, considera os eventos como uso indevido do patrimônio e recursos públicos, com objetivo de campanha eleitoral.
O governador admitiu a realização dos eventos, mas negou que o objetivo tenha sido de campanha. Caiado disse ter reunido os vereadores em caráter institucional, a fim de discutir a atual situação da capital goiana. Segundo ele, a cidade lida com crises na saúde, na educação, na limpeza urbana e em outros setores há mais de seis meses. “A saúde está em colapso total”, disse na coletiva de imprensa.
“A reunião existiu”, afirmou Caiado. No entanto, dado o caráter dos encontros, ele diz que situação não teve nenhuma ilegalidade.
O político mencionou ainda uma diferença no tratamento do caso pela Justiça em comparação com outros eventos na história recente. Ele mencionou o uso do Palácio da Alvorada, sede oficial da Presidência, para as campanhas eleitorais de Dilma Rousseff, em 2014, e Jair Bolsonaro, em 2022.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou dentro do edifício seus vídeos em apoio à candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) à Prefeitura de São Paulo. Diante desses outros casos, Caiado reclamou da decisão judicial: “Você não pode ter dois pesos e duas medidas”.
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Uma vez que o Palácio das Esmeraldas é a residência oficial do governador de Goiás, ele reafirma o direito de promover encontros como os investigados pelo TRE. “Moro aqui”, enfatizou Caiado. “Eu estava fazendo reunião.”
O que diz o TRE
A sentença contra o governador concorda que não houve pedido expresso de voto para a chapa aliada, composta de Sandro Mabel (União Brasil), candidato a prefeito, e Coronel Cláudia (Avante) a vice. Todavia, a Justiça afirmou que “o pedido não precisa ser explícito para caracterizar o ilícito, bastando o uso de ‘palavras mágicas’ que, de forma dissimulada, caracteriza o pedido de apoio à determinada candidatura”.
Apesar da pretensão de recorrer da sentença , o governador disse que vai respeitar a decisão do TRE “com muita tranquilidade”. Indagado por jornalistas sobre trechos do processo, ele não quis comentar. “Lógico que não cabe a mim ficar aqui discutindo decisão judicial”, disse Caiado. “Isso será feito no local correto.”
Caiado fala em candidatura à Presidência
Por fim, o governador de Goiás reforçou a intenção de se candidatar à Presidência da República no pleito de 2026. “Já quero deixar aqui, a toda a imprensa nacional, que em março lançarei em Salvador minha pré-candidatura”, disse ele ao final da coletiva. “Com certeza absoluta, eu jamais desonrei o voto do goiano.”
Caiado integra os quadros do União Brasil, partido que surgiu a partir da fusão do Democratas com o PSL. Até o momento, a legenda não confirma quais são os seus planos para as eleições gerais de 2026.
Atualmente, o União Brasil integra a base do governo Lula. O partido conta, por exemplo, com dois ministros na Esplanada dos Ministérios: Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo).
É isso mesmo meu caro Caiado. Não tem de discutir, afinal, há como recorrer. O difícil é quando tudo começa e termina na última instância! Aí é de lascar!
Isso aí é café pequeno.
Não tem q rechaçar nada. Essa direita tem q aprender q justiça vale pra todos não só pra pobre favelado como eles querem e decisão judicial desfavorável se recorre, não se esperneia que nem criança.
Esses tribunais eleitorais representam um assinte ao cidadão, pois um único juiz interfere na vontade de MILHÕES, os mesmos que pagam o salário e benefícios do juiz.