Aprovação do novo Marco Legal do Saneamento básico encobre outro projeto de relevância aprovado na Câmara. Deputados enviam para o Senado proposta que cria o chamado Banco dos Brics. Instituição sinaliza com empréstimo de US$ 1 bilhão
A aprovação do novo Marco Legal do Saneamento básico encobriu uma outra pauta importante para o país. A Câmara aprovou na noite de quarta-feira, 24, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 657/19, que referenda o acordo firmado entre o Brasil e o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) — conhecido como Banco dos Brics — para a criação do escritório regional do banco nas Américas (ERA).
O escritório terá sede em São Paulo e unidade de representação em Brasília. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado, mas a aprovação na Câmara é avaliada como uma importante sinalização que o país dá para os acordos firmados junto ao Brics. A pauta chegou, inclusive, a ser articulada na última cúpula do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, em novembro do ano passado, em Brasília.
A aprovação do projeto pode viabilizar o empréstimo ao Brasil de US$ 1 bilhão [cerca de R$ 5,3 bilhões] para o enfrentamento ao coronavírus. O texto, portanto, é essencial para o Brasil ampliar a oferta de recursos para o combate à pandemia, sustenta o deputado Fausto Pinato (PP-SP), presidente da Frente Parlamentar do Brics.
Celebração
O parlamentar foi um dos que mais comemorou a aprovação da matéria na quarta. Para ele, é uma grande conquista. “Conseguimos, hoje [ontem], na Câmara, a aprovação do projeto que permite a instalação, no Brasil, de um escritório regional do Novo Banco de Desenvolvimento”, celebrou.
Uma grande conquista! Conseguimos hoje, na Câmara, a aprovação do projeto que permite a instalação, no Brasil, de um escritório regional do Novo Banco de Desenvolvimento (chamado de Banco dos BRICS). Como presidente da Frente Parlamentar dos BRICS, essa é uma pauta que o + pic.twitter.com/fTLGbYwB6w
— DepFaustoPinato (@DepFaustoPinato) June 24, 2020
Precisamos entender melhor do que se trata antes de aplaudir. China, Rússia?