Em entrevista, deputada teria antecipado operações da Polícia Federal contra governos estaduais que supostamente desviaram dinheiro da saúde
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) negou hoje que teve acesso a informações privilegiadas da Polícia Federal (PF). Entre elas, a de que sabia antecipadamente da operação Placebo, que investiga supostos desvios de verbas públicas destinadas ao combate à covid-19 nos Estados.
A suspeita emergiu depois de uma declaração que a parlamentar deu à rádio Gaúcha, em que cita o Covidão.
“Eu não sabia da operação Placebo. Fui chamada ontem para dar entrevista porque, no domingo, Sergio Moro disse que o governo Bolsonaro apresenta falhas no combate à corrupção. Portanto, fui chamada para comentar a fala do ex-ministro”, afirmou Zambelli nesta terça-feira, 26, à CNN Brasil.
Segundo ela, são públicos os dados que indicam quando uma operação está na iminência de ocorrer.
“Quando a gente vê o procurador-geral da República pedir investigações em cima de governadores (por supostos desvios) num dia e, no outro, a pedido da PGR, um avião da PF pousa no Rio, isso vira notícia de jornal”, explica, ao mencionar a operação Favorita, que originou a Placebo.
Além disso, a deputada avalia que, depois da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, as operações da PF adquiriram velocidade de cruzeiro. A Placebo, portanto, seria um exemplo da agilidade do combate ao crime.
Zambelli também nega que esteja havendo interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF.
“Se há algum tipo de interferência, então o presidente também está agindo em cima do STJ? Um desembargador autorizou a operação. Estamos dizendo que todo o sistema está corrompido porque estão focando em cima do Witzel?”, conclui.
Colaborou Rodolfo Costa, de Brasília
Se o governo Bolsonaro faz poucas operações contra a corrupção é acusado de omisso, se faz, é acusado de interferir na PF. O pessoal tem que definir o que quer.
Venham logo para Recife e Pernambuco. Não vejo a hora destes carros pretos e dourados acordarem alguns corruptos.
Será que eu também serei acusada de vazamentos das operações da PF? O diretor da Federação Nacional dos PFs disse em entrevista ao vivo na CNN, logo após a saída de Moro, que a corporação aguarda a definição do novo DG pra ativar 100 investigações que estavam paradas no âmbito das denúncias de superfaturamento de estados e municípios ligados a Covid.
O próprio Moro assinou o acordo de cooperação entre o MJSP e CGU pra investigar os contratos feitos, sem licitações, por Governadores e Prefeitos.
Até eu esperava a PF bater na porta do Witzel e espero que bata na porta do Doria, Covas e todos denunciados pelo canal de denúncias Fala.Br da CGU.
Moro está tentando transforar sua denúncia pífia de “interferências” na PF, em um grande show à sua candidatura presidencial. QUE DECEPÇÃO, MORO!!
*transformar
Os pilantras governadores e prefeitos vão tentar usar a “interferência” na PF pra acusar quem os acusam: PF, PGR e CGU.
Exatamente. É um absurdo. O pior é que não dá para contar com o STF.