A agência de entretenimento e propaganda Mynd8 se posicionou, nesta terça-feira, 26, sobre a tragédia que envolve o Choquei, gerenciado pela empresa até dezembro de 2021, e a estudante Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, que cometeu suicídio depois de ser alvo de difamação por perfis de fofoca.
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Em nota, a Mynd negou que o perfil Choquei faça parte do casting da empresa. A agência afirmou que participa apenas da intermediação de venda de publicidade em perfis nas redes sociais.
“A Mynd não participa em nenhum momento do conteúdo editorial de nenhum perfil”, informa a nota. “Todos os perfis são totalmente independentes e administrados por seus donos que definem todo e qualquer conteúdo.”
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A empresa ainda negou ser dona de qualquer perfil de notícias ou relacionados. Além disso, a Mynd informou que há três anos criou um comitê de integridade, para reforçar a “cultura ética da empresa” com os colaboradores e os parceiros.
“Atuamos contra qualquer divulgação de fake news e incitação ao ódio”, afirmou a agência “Assim como, somos contra os linchamentos virtuais.”
Em única citação direta ao caso de Jéssica, a empresa lamentou o ocorrido. “Prestamos toda solidariedade à família”, informa a nota.
Empresa agenciava primeiro grande perfil a divulgar difamação
Até este domingo, 24, estava no casting da empresa o perfil Garoto do Blog, página de fofoca no Instagram com mais de 1 milhão de seguidores. O blog fazia parte da chamada “Banca Digital”, projeto da Mynd que reúne mais de 30 perfis de fofoca e centenas de milhões de seguidores.
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O perfil Garoto do Blog é acusado pelos internautas como o primeiro a divulgar os capturas de tela falsas que difamavam a jovem mineira e o humorista Whindersson Nunes. Nas montagens, ambos estariam flertando em conversas no Instagram. A primeira publicação do Choquei sobre o assunto citava o Garoto do Blog como fonte.
Depois da repercussão sobre o caso, a empresa Mynd retirou o perfil da Banca Digital da empresa. Mas, em nota divulgada, a agência nem sequer citou o nome do perfil Garoto do Blog.
Oeste entrou em contato com a Mynd para pedir uma posição sobre a relação da empresa com o perfil Garoto do Blog. Até o momento, a companhia não se pronunciou.
Entenda como funciona o mercado que alimenta perfis de fofoca
Em publicação no Twitter/X, o fundador do Spotniks, Rodrigo da Silva, explica a relação entre a morte de Jéssica e a indústria multimilionária de influenciadores digitais do Brasil.
Fátima Pissarra construiu, ao lado da cantora Preta Gil e do publicitário Carlos Scappini, a Mynd e atualmente atua como CEO da agência. De acordo com Silva, não é possível entender a internet brasileira sem conhecer a Mynd.
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A Mynd agencia mais de 400 influenciadores. Estão em seu catálogo nomes como Luísa Sonza, Pabllo Vittar, Cleo Pires, Bela Gil, Pequena Lo, Deolane Bezerra, Bruna Louise, Lexa, Yuri Marçal e Gil do Vigor.
Juntos, o elenco de influenciadores da Mynd conta com mais de 1 bilhão de seguidores. Os clientes da agência incluem os maiores anunciantes do país, marcas de peso como Magazine Luiza, Americanas, Ambev, TV Globo, Amazon e C&A.
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A Mynd faturou mais de R$ 500 milhões em 2022. E a previsão é chegar a R$ 1,5 bi em 2025. Essa é a empresa mais relevante da história do marketing digital brasileiro.
E publicidade é só uma linha de receita. A Mynd também faz dinheiro por meio de um braço do grupo chamado House of Brands, focado em promover produtos (como perfumes, cremes hidratantes e maquiagens).
Viral, mas artificial
O pulo do gato da Mynd é a distribuição do conteúdo produzido por seus influenciadores em forma de pirâmide. O sucesso do casting permite que a agência promova as mesmas campanhas em diferentes lugares; um processo que retroalimenta a sua relevância, capaz de viralizar marcas, assuntos e influenciadores.
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Quando os agenciados da Mynd publicam a mesma ação ao mesmo tempo passam a impressão de que toda a internet está falando sobre a mesma coisa. Os seguidores entram com o engajamento. O restante fica com o algoritmo que, inundado de postagens sobre o mesmo assunto, dissemina ainda mais postagens sobre o conteúdo para fora da bolha. Ou seja: é viral, mas artificial.
Cadê o Cabeça de Ovo ?
Tá de férias ?
Tá tão calado….
Tipo de caso de fake news que ele vai engavetar antes de chegar na mesa dele.
O lamentável episódio envolvendo a jovem e o site de fofocas, mostra que as redes sociais podem causar danos irreparáveis. No entanto, todos os danos, já são previstos em nossa legislação, seja do âmbito civil, com possibilidade de reparação civil por danos à imagem ou a honra das pessoas, seja no âmbito PENAL, já que nossa legislação prevê os crimes contra a honra, e o crime de incitação ao suicídio, que é o que me parece ser o caso. Não há necessidade de mais regulamentação, apenas que seja aplicado a lei que já existe.
Conta com mais de 1 bilhão de seguidores? De onde saiu tanta gente assim? Enfim, já estão tirando o fiofó da reta mas vamos ver no que vai dar isso daí. Pode até ser que não aconteça absolutamente nada, como no caso do Bolsonaro.
É o uso imoral dos computadores, da internet, das pessoas. Não é preciso CONTROLAR todos os meios de comunicação, como dita a cartilha dos marxistas espoliadores dos direitos individuais (PT, PSOL, PCdoB, e blá blá blá). Julguem focando os culpados pela morte da jovem. Só isso.
Pegaram uma garota do interior e fizeram uma história falsa, tipo assim, não vai dar em nada, porque essa garota com certeza não tem dinheiro ou influência para fazer nada com a Choquei, a história até conseguirem checar os fatos já ganharam milhões de views e repost e com isso a página de fofoca fica em primeiro nas buscas pelas pesquisas na internet. Fico comigo imaginando, até onde vai as pessoas sem se importar com as outras, bom pelo o que vimos, até a morte.
A esquerda brasileira consegue ser pior do que o hamas. Ataca em todos os campos e espaços