Celso Amorim manifesta indignação com bombardeios de Israel

Celso Amorim, chefe da assessoria especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou indignação com os bombardeios de Israel contra os terroristas do Hezbollah, no Líbano. Durante uma conversa com jornalistas, em Nova York, nesta segunda-feira, 23, ele afirmou que a ofensiva dos israelenses leva a “um risco de uma guerra total”.

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Além disso, o ex-ministro das Relações Exteriores disse que a guerra envolveria a mobilização de todos os recursos econômicos, industriais e humanos dos países envolvidos.

“Acho uma coisa tremendamente revoltante, vamos dizer, e perigosa”, afirmou Amorim. “Ali há o risco de uma guerra total. E, veja bem, estamos falando de um lugar onde tem muitos brasileiros.”

Exército de Israel aconselhou civis a se retiraram de áreas ocupadas pelos terroristas

Os bombardeios contra os terroristas resultaram na morte de pelo menos um civil, depois de o Exército de Israel ter aconselhado a população a se afastar de áreas ocupadas pelo Hezbollah.

Os israelenses afirmaram ter atingido um comandante de alto escalão do Hezbollah, enquanto o governo libanês relatou a morte de centenas de civis.

A agência ANI, por sua vez, relatou que aeronaves israelenses realizaram mais de 80 bombardeios em um intervalo de 30 minutos. A ofensiva ocorreu na região de Nabatiyeh, no sul do Líbano. Além disso, houve ataques na área de Tiro e no Vale do Becá, no leste do país.

O Brasil, por meio do Itamaraty, planeja uma operação para repatriar brasileiros caso seja necessário, similar à realizada durante o conflito de 2006.

“Tenho certeza de que o Itamaraty já está planejando alguma coisa nesse sentido”, afirmou Amorim. “Tenho certeza porque já ouvi eles dizerem, mas a experiência é dura.”

Encontro de Lula e Olaf Scholz

Na mesma conversa, o assessor de Lula confirmou que o presidente brasileiro vai se encontrar com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente Lula | Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Segundo Amorim, os dois líderes abordarão temas como o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, as negociações de paz para a guerra entre a Ucrânia e a Rússia e ações de preservação ambiental.