O senador Ciro Nogueira (PP-PI) criticou publicamente a possível indicação de Guilherme Boulos (Psol-SP) para um ministério no governo Lula. Em suas redes sociais, afirmou: “O líder do movimento invasor dos sem-teto sob o teto do Planalto seria a comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão”.
O Progressistas (PP), que ocupa 56 cadeiras no Congresso, avalia internamente a possibilidade de romper com a base do governo. Parlamentares do partido pressionam Nogueira a tomar essa decisão, apesar da implicação de entregar o Ministério do Esporte, sob comando de André Fufuca (PP).
Ainda sem data definida, o partido deve realizar uma reunião para deliberar sobre a permanência no governo. A saída do PP poderia desencadear uma debandada de outras siglas aliadas, como o PSD, o União Brasil e o Republicanos.
Ciro Nogueira afirma que Lula governa apenas para o PT
O líder do PP no Senado declarou que o partido nunca integrou formalmente a base governista. “Não digo nem de desembarcar do governo, porque nós nunca entramos”, disse. “O PP, como partido político, nunca tomou a decisão de apoiar este governo ou indicar alguém”. Ele ressaltou que existe uma pressão da bancada para que ele reúna o partido e tome uma decisão.
Para o senador, a estratégia de Lula ao nomear aliados da esquerda mostra falta de compromisso com a unificação do país. “O presidente Lula tomou a decisão de governar para o seu partido”, criticou. “Não está pensando na maioria da população, de unificar o país, de tentar governar para a maioria.”
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O presidente do PP declarou categoricamente que a sigla não apoiará Lula em uma eventual reeleição em 2026. “Não estaremos com Lula em 2026”, disse. “E outras legendas, mesmo ocupando ministérios, podem seguir esse caminho.”
Integrantes do governo temem que a saída do PP precipite um realinhamento partidário no Congresso. A decisão da legenda pode afetar a governabilidade e dificultar a articulação política do governo Lula no restante do mandato.
