Comissão de Segurança da Câmara aprova moções de repúdio a Flávio Dino

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou na reunião de terça-feira 1º duas moções de repúdio ao ministro da Justiça, Flávio Dino. A primeira se refere a uma declaração de que a atuação da polícia de São Paulo, no caso do Guarujá, foi desproporcional. A outra, pelo convite a um almirante do regime do ditador Nicolás Maduro para vir ao Brasil.

De autoria de Coronel Assis (União-MT) e subscrito pelos deputados Sargento Fahur (PSD-PR), Gilvan da Federal (PL-ES), Helio Lopes (PL-RJ), Delegado Palumbo (MDB-SP), Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sargento Gonçalves (PL-RN) e Marcos Pollon (PL-MS), o requerimento 232/2023 considera a “insensata” e “deprimente” a declaração de Dino, que chamou de “desproporcional a reação da polícia paulista ao assassinato do policial da Rota pelo ‘sniper do tráfico'”.

Na justificativa, os deputados fazem uma crítica contundente ao governo Lula, que acusam de “bandidolatria”. “Mas temos de convir que desse governo não poderia ser diferente. A vida ceifada de um policial nada vale. É a política porca e zombeteira, que Lula e sua equipe adotam contra as forças de segurança, não só para desprestigiá-las, mas para fragilizá-las diante do banditismo.”

Repúdio por convite de Flávio Dino a militar da ditadura da Venezuela

Já o requerimento 224/2023, de autoria de Bilynskyj, é subscrito pelos deputados Sargento Gonçalves, Delegado Palumbo, Gilvan da Federal e Coronel Telhada (PP-SP), manifesta repúdio pelo convite ao almirante Remigio Ceballos, comandante do Ministério Interior da Venezuela, para participar de reunião preparatória para a Cúpula da Amazônia, em agosto.

Saiba mais: Militar da Venezuela sob sanção dos EUA é convidado por Dino para reunião

Na justificativa, os deputados manifestam “amplo repúdio diante da atitude descabida, repleta de desrespeito à democracia brasileira e que representa ainda manifestação clara de conivência com o crime internacional”.

O autor lembra que Ceballos está sob sanção dos Estados Unidos desde 2019. “Destacamos que a tentativa de desconsiderar, desrespeitar, ofender e ultrajar a integridade da democracia brasileira é abominável e demonstra pouco apreço por nossa Constituição e pelo povo brasileiro”, escreveu. “Tal atitude remete grave sinal de conivência ao crime organizado, ditatorial e internacional, ao de maneira conivente manter relações e receber em solo brasileiro um representante da ditadura venezuelana.”