Deputados e senadores querem manter brasileiros em casa e criticam falta de uma ação assistencial de emergência por parte do governo federal
Líderes tanto da Câmara, quanto do Senado, admitem nos bastidores do Congresso que serão amplamente contrários a qualquer medida do presidente Jair Bolsonaro que determine o fim do isolamento horizontal.
Na tarde deste domingo, 29, o presidente afirmou que estudava maneiras de acabar com as restrições à circulação de pessoas, que foram impostas pelos governos estaduais após a crise do coronavírus. Uma possibilidade seria emitir um decreto presidencial versando sobre o assunto, outra seria a assinatura de uma Medida Provisória (MP). Bolsonaro defende que o Brasil passe a adotar o isolamento vertical, ou seja, que fiquem em casa apenas pessoas integrantes do grupo de risco da covid-19.
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Apesar de o presidente ainda não ter tomado uma decisão sobre o assunto, líderes do Congresso admitem em caráter reservado que vão trabalhar para manter o isolamento horizontal em todo o país. Um deles foi taxativo a Oeste. “Precisamos trabalhar para manter o trabalhador em casa e garantir seu sustento com uma ajuda emergencial. Não é hora de reinventar a roda”, admitiu um líder em caráter reservado.
Além disso, integrantes de partidos como o PT, Psol, PCdoB e PSB pretendem acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra qualquer medida presidencial que recomende o isolamento vertical. Deputados e senadores acreditam que a saída para a crise é o isolamento horizontal, aliado a medidas assistenciais por parte do governo federal que possam manter o trabalhador em casa.
De nada adiantará dar R$600 ao trabalhador que ficou em casa se o isolamento horizontal chegar ao ponto de desorganizar a economia.